sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Playlist Zé Gordo: Chorinhos, Boleros e Chá chá chá



JOSÉ RAMOS DE SOUZA [o Zé Gordo] nasceu em Pão de Açúcar-AL, no dia 19 de março de 1934, (...).  ZÉ DE LULU, como era chamado pelos que o conheceram quando ainda jovem, era o primogênito de sete irmãos, todos músicos e quase  todos maestros. Acilon (1935-1999) regeu a Banda da Polícia Militar de Pernambuco; Anacleto e Petrúcio regeram a Banda da Base Aérea de Salvador-BA, que tinha outro irmão, Valter, como notável solista de sax alto e César (1949-2006), destacado trompetista, viria a reger a Banda da Polícia Militar da Bahia.

(...)

Na Banda de Música regida pelo velho mestre, ZÉ DE LULU iniciou tocando tambor. Em 1946 era trompista e já no ano seguinte participa do seu primeiro carnaval, tocando banjo. Em 1949 passa para o trompete, onde se revela notavelmente expressivo e dedilha o saxofone. Em 1951, aos 17 anos, deixa Pão de Açúcar e ruma para Paulo Afonso-BA, onde começa trabalhando como guarda da CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco, ao tempo em que participa da Banda de Música da empresa. Passou ainda pela Sociedade Musical Penedense e em meados dos anos 1950 se muda para Maceió-AL, indo trabalhar na Rádio Difusora de Alagoas. Como o salário da Rádio atrasava, ele encontrou uma alternativa junto às orquestras e conjuntos diversos. Em 1958 ingressa na Polícia Militar do Estado de Sergipe e alcança a patente de 1º Sargento Ensaiador da Orquestra de Baile da Corporação, chegando a realizar uma apresentação magistral no Palácio do Governo a convite do então Governador Luiz Garcia. No desejo de dedicar-se em tempo integral à sua arte, pede baixa pouco tempo depois. Participou por pouco tempo da Orquestra da Rádio Difusora de Sergipe e de uma Banda de Música na pequena cidade de Lagarto-SE.

Em busca de melhores oportunidades, deixa o Nordeste em 1960, transferindo-se para a cidade de Santos-SP, no litoral paulista, lugar que escolheu para viver. Era o auge das boates do Porto, do Balneário. Lá encontrou trabalho abundante em pequenos Conjuntos e grandes Orquestras. Como multi-instrumentista, levava vantagem sobre os colegas, o que lhe permitia abrir várias frentes de trabalho, tocando o que precisasse. Em Santos, foi integrante de grupos como o Original Music and Choral e Os Praianos. Participou também da Banda da UNITAS, quando de sua viagem de integração ao Brasil e na sua fase final da Jazz Big Band.

Em 1978 foi um dos fundadores da Banda Reveillon que marcou época em São Paulo-SP por reunir grandes instrumentistas como os saxofonistas e arranjadores Apóstolo Seco (Bauru) e Antônio Arruda (Cangaceiro), o trombonista e arranjador Roberto Gagliardi, o guitarrista Joseval Paes, o pianista Roberto Dantas, o trompetista Luiz Carlos Costa, o percussionista Rui di Tore e o contrabaixista João Barão, entre outros. Em 1988, durante o reveillon, a TV Bandeirantes exibiu um especial histórico com a Banda.

Em 1995, deixa a Reveillon e passa a se dedicar às suas composições, sempre deixadas em segundo plano por conta da rotina de viagens e gravações, reunindo-as, então, numa pequena coletânea em que predominam os choros. Compunha também boleros, valsas, frevos, baiões e um dobrado. Homem generoso, não se negava a ensinar a quem quer que o procurasse, deixando vários alunos espalhados pelo país. Amou a sua arte de forma incondicional e procurou transmitir este sentimento a todos que o cercavam. Foi assim que se despediu definitivamente para um Plano Superior, no dia 23 de abril de 2007.

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Playlist Tutorial MuseScore

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

HENRY MANCINI toca o icônico "Tema da Pantera Cor de Rosa" em 1983, com Plas Johnson (o saxofonista original que gravou a música) e a Terry Gibbs Band.


Alcineide Cruz lança coleção literária "Entremontes Poemas & Bordados"



quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Edição vs. Editoração de Partitura: Uma Análise Detalhada



(O texto a seguir foi gerado pelo modelo de linguagem Gemini da Google)


A criação de uma partitura musical envolve um processo complexo que vai além da simples transcrição de notas musicais. Dois termos frequentemente confundidos nesse contexto são edição e editoração. Embora estejam relacionados, eles se referem a etapas distintas e com funções específicas.


Edição Musical: A Essência da Obra

A edição musical é um trabalho de natureza mais interpretativa e analítica. O editor musical se dedica a:

Análise da obra: Estuda a partitura original, buscando compreender as intenções do compositor, o estilo musical e as nuances da composição.

Correção de erros: Identifica e corrige possíveis erros ou inconsistências presentes na partitura original, como notas fora do contexto, acidentes musicais mal colocados ou falhas na estrutura harmônica.

Complementação: Em alguns casos, pode ser necessário completar partes faltantes da partitura, como cifras, dinâmicas ou articulações, baseando-se em análises musicais e em fontes complementares.

Adaptação: Pode adaptar a partitura para diferentes instrumentos ou formações, preservando a essência da obra original.

Em resumo, a edição musical é um processo criativo que visa garantir a fidelidade à obra original, ao mesmo tempo em que a torna mais acessível e compreensível para os músicos e pesquisadores.


Editoração Musical: A Apresentação Visual

A editoração musical, por sua vez, concentra-se na apresentação visual da partitura. O editor gráfico musical tem como objetivo:

Formatação: Define o layout da partitura, incluindo a disposição das pautas, o tamanho das notas, a espessura das linhas, a tipografia e outros elementos visuais.

Organização: Organiza os elementos musicais de forma clara e concisa, facilitando a leitura e a interpretação da obra.

Padronização: Aplica padrões gráficos e tipográficos consistentes em toda a partitura, garantindo uma aparência profissional e uniforme.

Preparação para publicação: Prepara a partitura para impressão ou publicação digital, utilizando softwares específicos para editoração musical.

A editoração musical é fundamental para que a partitura seja apresentada de forma esteticamente agradável e funcional, facilitando a vida de músicos, maestros e estudantes.


Em resumo:

Edição: Trabalho interpretativo e analítico, focado na essência da obra musical.

Editoração: Trabalho gráfico e visual, focado na apresentação da partitura.


A importância da colaboração

É importante ressaltar que, em muitos casos, a edição e a editoração são realizadas por profissionais diferentes. No entanto, a colaboração entre o editor musical e o editor gráfico é fundamental para garantir um resultado final de alta qualidade. O editor musical fornece as informações musicais essenciais, enquanto o editor gráfico se encarrega de transformá-las em uma partitura visualmente atraente e funcional.

Em conclusão, tanto a edição quanto a editoração são etapas cruciais na produção de uma partitura musical. Ao compreender as diferenças e a importância de cada uma delas, é possível apreciar mais profundamente o trabalho envolvido na criação e divulgação de obras musicais.

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Leitura complementar: 

Silva, Eduardo Lucas da. Guia prático para editoração de partituras: elaboração de um sítio eletrônico. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: https://promus.musica.ufrj.br/wp-content/uploads/2022/07/Dissertac-a-o-Finalizada-Eduardo-Lucas-Promus-1.pdf

https://www.amazon.com.br/Regras-Grafia-Musical-Osvaldo-Lacerda/dp/8574073571

Editoração musical: fundamentos de notação musical | Amazon.com.br

Manuel de Editoração ABMUS


segunda-feira, 28 de outubro de 2024

GALERIA FME NO FEMUPE 2024