Evento – 10º FESTIVAL O SERTÃO VAI VIRAR MAR – Travessias Pelo Mundo
segunda-feira, 12 de agosto de 2024
sexta-feira, 5 de julho de 2024
terça-feira, 25 de junho de 2024
O MILAGRE DOS PÁSSAROS
O milagre dos pássaros foi escrito [...] por encomenda, para ser distribuído como presente de fim de ano de uma instituição financeira. A primeira edição comercial viria apenas em 1997.Neste relato, Jorge Amado brinca com algumas das mais tradicionais formas brasileiras de narrativa e compõe uma história de aventuras com peripécias de heróis tipicamente populares. Causo de traição, ou, em outras palavras, uma anedota sobre um temido capitão que, apesar da valentia e da fama de matador, tornou-se um notório corno, O milagre dos pássaros é ainda o testemunho bem-humorado de um “milagre”.Para elaborar a história, em que se confundem o ocorrido e o narrado, a veracidade e a invenção, Jorge Amado inspirou-se na poesia de cordel e nos contos maravilhosos. A participação de personalidades reais, como Heloisa Ramos, viúva do escritor Graciliano Ramos, que segundo o narrador visitava a cidade quando o milagre dos pássaros ocorreu, confere à história caráter de fato irrefutável. Além dela, o ilustrador Calazans Neto e o poeta Florisvaldo Matos também são citados no texto como testemunhas vivas de que o herói do conto, Ubaldo Capadócio, era capaz de fazer até defunto rir.
terça-feira, 23 de abril de 2024
OFICINA MUSICAL: INSCRIÇÕES ENCERRADAS
sexta-feira, 19 de abril de 2024
terça-feira, 7 de novembro de 2023
quinta-feira, 3 de agosto de 2023
Mapa da Cultura - #Ebansfal - Mapa da Cultura https://t.co/7FAaLvGhLv
— F. Ventura 🎼🎶 (@F7Ventura) August 3, 2023
segunda-feira, 3 de abril de 2023
À MEMÓRIA DE ANTÔNIO ROMÃO
sábado, 21 de janeiro de 2023
FESTA DA PADROEIRA DO MUNICÍPIO 2023
PROGRAMAÇÃO
19h: Novena - 19h30: Santa Missa
1.ª Noite - Terça-feira, 24/01
Noiteiros: Homens do Terço, Motoristas, Motociclistas, Ciclistas, Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal e BANDA FILARMÔNICA MESTRE ELÍSIO.
2.ª Noite - Quarta-feira, 25/01
Noiteiros: Pescadores. Comerciantes, Movimento Bíblico, Pastoral da Comunicação, Conselho Tutelar e Aposentados.
3.ª Noite - Quinta-feira, 26/01
Noiteiros: Catequese, Pastoral da Acolhida, Pastoral da Criança, Infância Missionária, Pastoral do Batismo e Crianças em Geral.
4.ª Noite - Sexta-feira, 27/01
Noiteiros: Apostolado da Oração, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucaristica, TLC (Treinamento de Liderança Crista), RCC (Renovação Carismática Crista), MCC (Movimento de Cursilho de Cristandade) e Jovens Sarados.
5.ª Noite - Sábado, 28/01
Noiteiros: Filhos ausentes, Mãe Rainha, CHESF, Hospital Unidade Mista de Saúde Arnon de Mello e Mães que oram pelos filhos.
6.ª Noite - Domingo, 29/01. 16h: Procissão dos vaqueiros e Bênção na frente da Igreja de Nossa Senhora da Saúde.
Noiteiros: Comunidades: Piau, Lagoa Nova, Entremontes, Passagem do Meio, Olho d'Aguinha e Poço Verde; Assentamentos: Espinheiro, Margarida Alves e Antônio Conselheiro, Olga Benário, Picos, Poço do Juazeiro, Olho d'Água do Meio e Boa Vista dos Citonhos; Bairros: Nossa Senhora da Saúde, Nossa Senhora das Graças, Vila Sergipe e Vila Alagoas.
7.ª Noite - Segunda-feira, 30/01
Noiteiros: Acólitos e Ancilas, Mulheres do Terço, Pastoral Familiar, Pecuaristas e Donas de Casa.
8.ª Noite - Terça-feira, 31/01
Noiteiros: Legião de Maria, Pousadas, Hotéis, Restaurantes e Empresas de Turismo.
9.ª Noite - Quarta-feira, 01/02
Noiteiros: Centro Histórico, Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, Secretarias Municipais e Academia Piranhense de Letras e Artes - APLA.
SOLENIDADE PAROQUIAL
Festa de Nossa Senhora da Saúde - 02/02
- 10h: Missa Solene
- 16h: Missa Solene, em seguida procissão pelas principais ruas da cidade.
- Benção do Santíssimo Sacramento
- Festival de prêmios
domingo, 23 de agosto de 2020
A entrada de Piranhas - João Tuana
A entrada de Piranhas
Samba-exaltação de João Tuana
Último em Alagoas para quem sobe o São Francisco desde a foz, a cerca de 6 horas, ou primeiro para quem desce, a cidade de Piranhas foi um porto em que confluía toda espécie de gente: mercadores, missionários, retirantes dos períodos de escassez severa, aventureiros, artistas etc.
Nesse porto onde destinos vários se cruzavam, foi construída a Estrada de Ferro Paulo Afonso (EFPA) no final do século 19, a interligar através de mais de 100 km de trilhos as localidades de Piranhas, no estado de Alagoas, e Jatobá, em Pernambuco, vencendo por terra a barreira intransponível da cachoeira de Paulo Afonso, que naturalmente interrompia a navegação do rio, pelo menos parcialmente, até o porto de Piranhas ― daqui à foz a navegação é regular.
Essa posição geográfica fez de Piranhas palco da manifestação de diversos artistas em trânsito, que se deixavam demorar, desfrutando dos ares inspiradores da paisagem e da hospitalidade dos nativos, quando não apenas aguardavam a partida do próximo trem ou embarcação que os levassem ao destino pretendido.
Um desses artistas foi o compositor, violonista, emboladeiro e comediante maceioense José Luiz Rodrigues Calazans ― o Jararaca da dupla com Ratinho, Severino Rangel de Carvalho ―, que aos 19 anos fez teatro em Piranhas e ousou se engraçar com uma das filhas do coronel José Rodrigues de Lima. Mal-sucedido em seu intento, o filho do poeta maceioense Ernesto Alves Rodrigues migrou então para Recife, onde conheceu o paraibano (de Itabaiana) Severino Rangel de Carvalho. Ambos integraram o regional Turunas Pernambucanos. Dessa participação no grupo, adotaram nomes de bichos, cabendo Jararaca ao alagoano José Luiz e Ratinho ao paraibano Severino.
Jararaca foi amigo do mestre Nemésio Teixeira e chegou a visitá-lo anos mais tarde quando junto com Ratinho gozava de grande popularidade nacional.
Outro artista em trânsito foi o mato-grossense João Tuana. Compositor hoje esquecido, deixou-nos um presente: o samba-exaltação A entrada de Piranhas. De sua origem indígena e a época da passagem pela cidade, década de 1940, já fomos devidamente informados pela escritora piranhense, poeta, compositora e memorialista, acadêmica da AAL, Rosiane Rodrigues[1] que obviamente as recolheu da tradição oral.
Assim como vários outros compositores residentes ou em trânsito que fizeram questão de registrar musicalmente o momento, João Tuana nos deixou um samba em que revela suas impressões da paisagem ao avistar a cidade encravada no vale do São Francisco.
Se a leitura apenas do título A entrada de Piranhas levantasse dúvida quanto a que entrada ele se refere, se à fluvial, em direção ao poente, ou, contrariamente, à terrestre, a disposição das primeiras imagens nos versos resolvem a questão, pois só a quem chega pelo rio ressalta aos olhos dessa maneira particular os monumentos naturais sobre os quais se instalam alguns marcos, como o cruzeiro (“tem uma pedra e uma cruz”), a capela no sopé do monte à memória de uma trágica história de amor (“Do lado esquerdo, uma capela / de uma pobre donzela” assassinada), e o Mirante (“Do lado direito, distante / se avista um lindo mirante / o século do sonhador”), estrutura piramidal em 5 camadas criada no alto do morro no fim do século 19 para saudar o século 20.
Como a capela fica precisamente na margem direita do São Francisco (estado de Sergipe) e o Mirante na margem esquerda (estado de Alagoas), percebe-se que o compositor tem uma visão panorâmica de quem sobe o rio, cerca de 2 km do porto, para quem o sentido de direção contraria a correnteza.
Mais perto, vê-se a imponente estação ferroviária (“No porto se vê a Estação / ponto de locomoção / é um prédio de valor”), mais bela construção pertencente ao complexo ferroviário criado há 140 anos.
No morro seguinte há a pequena capela de Nosso Senhor do Bonfim (“No alto, a igrejinha / embaixo, a cidadezinha / presépio do Redentor”).
É comum tratar Piranhas por “cidade lapinha”, em alusão ao presépio das festas de Natal e Reis, devido a sua conformação geográfica de povoação que teve de se acomodar às serras tal qual certo presépio estilizado onde os personagens principais são emoldurados numa minúscula paisagem medieval serrana.
Claro que aos pioneiros não ocorria essa noção. Convenientemente se instalaram numa faixa de terra entre a montanha e o rio que lhes possibilitava a criação de animais, produção de alimentos e o tráfego. Posteriormente, com o crescimento da população provocando a ocupação do morro, a paisagem inspirou algum nativo ou viajante com sensibilidade suficiente para fazer associações geográficas, estabelecendo subjetivamente elos paisagísticos, a cunhar termos como “cidade lapinha do São Francisco”.
De qualquer forma, João Tuana foi mais feliz em sua passagem do que um certo compositor, músico clarinetista carioca, momentaneamente contrariado pelo excesso de bebida a que se entregou no bar de Pedro Chico, pelo que foi detido. Deste nem o nome foi preservado, apenas a resenha no anedotário local.
Mestre Nemésio Teixeira, chefe das oficinas da rede ferroviária, acumulou nessa época o cargo de delegado. Com o depoimento do forasteiro que se declarou também músico, o maestro-delegado provocou-o a provar suas qualificações e, entregando-lhe um clarinete, ouviu bela valsa que lhe desarmou de qualquer espírito revanchista, libertando o infortunado colega.
A transcrição do samba A entrada de Piranhas de João Tuana foi feita recentemente do registro de voz da professora Ivanilde Fernandes, enviado por meio eletrônico ao também professor Paulo Jr., aos quais somos gratos.
domingo, 22 de dezembro de 2019
FME no Prêmio Destaques do Ano 2019
segunda-feira, 5 de agosto de 2019
Centenário de Luiz Gonzaga da Silva (1919-2006)
“A diversidade cultural de nosso país construiu um universo de significados e expressões particulares de grande força, que se traduzem na essência de nossa própria brasilidade. A riqueza das migrações internas no Brasil, no momento histórico da cidade do Rio de Janeiro como capital federal, proporcionou o desenvolvimento de diversas manifestações estéticas e culturais singulares, num cenário intercultural. Nesse contexto surge a figura do músico alagoano Luiz Gonzaga da Silva, que escolhe o Grande Rio como foco do desenvolvimento de uma trajetória iniciada na infância e adolescência no coração do interior do Nordeste, que exerceu fortes influências sociológicas e antropológicas que enriqueceram seu trabalho como compositor, professor e artesão. Luiz Gonzaga se estabelece no Rio de Janeiro, onde expande o seu fazer musical através de estudos de harmonia e contraponto, de performances em diferentes formações e do ensino do violão em diversas instâncias acadêmicas. Nesse caldeirão de forças, influências e miscigenações, desenvolve uma linguagem particular na composição para o instrumento, que se soma a todo um movimento de enriquecimento da tradição brasileira, que tem o violão como símbolo primeiro de sua expressão musical. A Universidade Federal Fluminense faz no alvorecer do terceiro milênio o resgate histórico da constituição dessa expressão de nossa nacionalidade. A presente edição oferece vinte peças selecionadas de um acervo de mais de quinhentas obras, na certeza de estar contribuindo para a difusão de um dos criadores e instrumentistas mais representativos da história musical brasileira contemporânea".
I — A Fábrica de "Pedra"
Fábrica da Pedra, Delmiro Gouveia (AL). |