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sábado, 1 de junho de 2019

Wilson José Lisboa Lucena (Penedo - AL, 20/02/1956 - Maceió, 01/06/2019)



Wilson José Lisboa Lucena
Com profundo pesar recebemos a notícia do falecimento do jornalista, escritor e pesquisador, membro da Academia Penedense de Letras, Artes, Cultura e Ciências, Wilson José Lisboa Lucena, ocorrido na madrugada de hoje (1.º de junho).

Tivemos contato a primeira vez com esse senhor, funcionário aposentado do Banco do Brasil, apaixonado pela história e desenvolvimento das bandas de música e tudo o mais que a elas se refira, no ano de 2004, quando — acompanhado pelos irmãos Petrúcio (1946) e José Ramos de Souza (1934-2007), grandes músicos pão-de-açucarenses — nos visitou em nossa sede, àquela época localizada no piso superior da antiga estação ferroviária de Piranhas.

Após uma breve apreciação de nosso ensaio do dia, nossos visitantes seguiram, junto com o maestro Cafau (1938-2009) e o contramestre Flávio, para um momento de lazer às margens do Rio São Francisco, no sítio de Zé Broinha (trompetista pão-de-acucarense radicado há muito na cidade de Piranhas, onde exerceu a atividade de oficial de justiça).

Naquele dia memorável, o senhor Wilson Lucena registrou precioso encontro de quatro ex-alunos do Mestre Nozinho (1895-1960), naturais da cidade de Pão de Açúcar — Cafau, Brandão (José Brandão de Souza, o Zé Broinha), Petrúcio e José Ramos (o Zé Gordo) —, depois de ter avaliado o que resultou da atuação de um quinto colega e conterrâneo pão-de-açucarense, o mestre Bubu (1936-1991), no início da retomada da banda municipal da cidade de Piranhas (1989), hoje Filarmônica Mestre Elísio. 

Mais tarde, em 2015, o pesquisador Wilson Lucena retomou contato a fim de concluir sua pesquisa sobre bandas e maestros alagoanos com a descrição da modesta presença da Mestre Elísio nesse cenário. Colaboramos o quanto pudemos e, satisfeitos com sua publicação no ano de 2016, sentimo-nos honrados em ver nossa história presente numa obra de referência.

Três anos depois dessa publicação, falece hoje o distinto pesquisador.

À família enlutada, dirigimos a nossa solidariedade cristã.


Mais informações: 

Zé Broinha, Cafau, Wilson e Zé Gordo. 2004.
(Acervo Wilson Lucena)
Zé Broinha e Cafau. 2004.
(Acervo Wilson Lucena)
Wilson Lucena (ao centro) entre os integrantes da Mestre Elísio. 2004.
(Acervo Wilson Lucena)
Ensaio da Filarmônica Mestre Elísio na antiga estação ferroviária de Piranhas. 2004.
(Acervo Wilson Lucena)

Ensaio da Filarmônica Mestre Elísio na antiga estação ferroviária de Piranhas. 2004.
(Acervo Wilson Lucena)

Confraternização no sítio de Zé Broinha e Wanda Damasceno. 2004.
(Acervo Wilson Lucena)
Confraternização no sítio do casal Zé Broinha e Wanda Damasceno. 2004.
(Acervo Wilson Lucena)

Irmãos Zé Gordo (sax-tenor) e Petrúcio Ramos (ao violão). 2004.
(Acervo Wilson Lucena)

Petrúcio Ramos de Souza e Wilson Lucena. 2004.
(Acervo Wilson Lucena)




quarta-feira, 15 de novembro de 2017

AMPA - Tributo ao Maestro Cafau (15/11/2017)

A Associação dos Músicos de Piranhas foi criada em agosto deste ano com função, comum a toda sociedade deste tipo, de congregar os músicos da região (cantores, compositores, instrumentistas, maestros, produtores) em torno de objetivos comuns.

Preservar a memória dos vários músicos do passado que, vivendo e trabalhando na cidade de Piranhas, contribuíram significativamente para nossa cultura musical é também nossa obrigação.

Hoje, 15 de novembro, no dia do aniversário do Maestro Cafau, temos a satisfação de realizar esta homenagem, reconhecendo os relevantes serviços prestados por ele à cidade de Piranhas. Sua atuação foi fundamental para que a banda municipal se mantivesse ativa durante os 17 anos em que ele aqui viveu.

Agradecemos a todos os que se envolveram direta e indiretamente na realização deste evento. À diretoria e associados da AMPA, ao apoio institucional da Prefeitura Municipal de Piranhas e da Sociedade Filarmônica Padre Manoel Araújo (Presid. Odair José da Silva), empresários da rede hoteleira e demais comerciantes:


Pref. Maristela Sena Dias
Sec. Jairo Oliveira
Sec. Lia Barbosa
Sec. Non
Sr. Álvaro Moreira

Ver. Danilo Leite
Ver. Josimar de Maristela
Ver. Margarida de Renato 
Ver. Messias Pedrinha
Ver. Renato Rodrigues

Enfim, a todos que se sensibilizaram com esta iniciativa...

Tributo ao Maestro Cafau>

Pela compreensão e esforço em tornar viável esta homenagem agradecemos, especialmente, aos maestros Antônio Silva com a Filarmônica Padre Manoel Araújo (da cidade de Ribeirópolis, Sergipe), Petrúcio Ramos com a Orquestra Jaciobá (de Pão de Açúcar) e Willamy Franciel com a Filarmônica Mestre Elísio.

À família (filha e netos) do homenageado, ao público presente,

MUITÍSSIMO OBRIGADO!!!


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

AMPA homenageia Maestro Cafau


No dia 15 de novembro, a Associação dos Músicos de Piranhas (AMPA), recém estabelecida, realizará seu primeiro evento na cidade.

Na Esplanada do Recinto, Centro Histórico, a partir das 19 horas, três bandas convidadas se apresentarão em tributo ao maestro Cafau/Cícero Francisco de Brito que aqui se estabeleceu no ano de 1992 para realizar o trabalho de consolidação da Banda de Música Mestre Elísio José de Souza, hoje Filarmônica Mestre Elísio, onde permaneceu até o ano de 2009.

Presidida pelo saxofonista Farney, a AMPA convidou os maestros Antônio Silva (Filarmônica Padre Manuel Araújo, Ribeirópolis/SE), Petrúcio Ramos (Orquestra Jaciobá, Pão de Açúcar), além do maestro Willamy Franciel (Filarmônica Mestre Elísio, Piranhas) para realizarem um concerto especial nessa noite.


Breve histórico das bandas:


  • Filarmônica Padre Manoel Araújo

A Filarmônica Padre Manoel Araújo, da cidade de Ribeirópolis/SE, foi fundada em janeiro de 2001. Estreou em julho do mesmo ano. Seu maestro é o músico, subtenente da reserva do Exército, Antônio Silva dos Santos  (1949), da cidade de Barra dos Coqueiros.

Tem participação ativa em vários encontros de banda no Estado de Sergipe e concursos em nível nacional. Venceu vários deles.

É atualmente gerida pela Sociedade Filarmônica Padre Manoel Araújo, criada em 2005. O presidente da associação Odair José da Silva é também o atual presidente da Federação de Fanfarras e Bandas de Sergipe.

Seu nome homenageia um padre, falecido em 2016, que teve atuação marcante na cidade durante mais de 20 anos. .



Da esquerda para a direita: Laércio (diretor musical da AMPA),
Odair (presidente da Sociedade Filarmônica Padre Manoel Araújo),
Maestro Antônio Silva, Farney (presidente da AMPA) e Romário (da comissão do evento)
(Ribeirópolis/SE, em 17/11/2017)

Sede da Filarmônica Padre Manoel Araújo
(Ribeirópolis/SE, em 17/11/2017)


Padre Manoel Araújo (in memoriam)



  • Orquestra Jaciobá

A  Orquestra Jaciobá, da cidade de Pão de Açúcar é fruto da atuação abnegada do maestro Petrúcio Ramos (1946), sub-oficial da reserva da Aeronáutica Brasileira.

Ultimamente sediada na casa do maestro, a Jaciobá sucede a Sociedade Musical Guarany, criada pelo maestro Manoel Vitorino Filho (mestre Nozinho) em 1918. Da Guarany saíram os primeiros maestros da Filarmônica Mestre Elísio (Bubu e Cafau).

Diretoria da AMPA visita Maestro Petrúcio Ramos (ao centro):
 Laércio (à esquerda), Farney (à direita), Romário (acima) e o amigo Pirré.
(Pão de Açúcar/AL, em 17/10/2017)



  • Filarmônica Mestre Elísio

Criada em fevereiro de 1989 e legalmente constituída em novembro de 2016, a Filarmônica Mestre Elísio  reverencia o maestro de origem pernambucana Elísio José de Souza (1911-1978) que atuou em Piranhas nas décadas de 1950 e 60.

Maestros da Mestre Elísio em seus 28 anos de história: Afrânio Menezes Silva Bubu (1989-91), Cícero Francisco de Brito Cafau (1992-96 e 1998-2009), Damião Ferreira Lima (1997-98), Cícero Campos de Brito (2009-13) e Willamy Franciel dos Santos Isidoro (a partir de 2014).



Maestro Cafau (in memoriam) na sede da Filarmônica Mestre Elísio à época,
antiga estação da rede ferroviária.
(Piranhas/AL, 2004)

Sede atual da Filarmônica Mestre Elísio
(Piranhas/AL, 2016)


Maestro Willamy Franciel
(Foto: Álvaro Moreira, 2014)

Maestro Cafau e Orquestra de Frevo
Da esquerda para a direita: Jorge (trombone), Farney (sax-alto), Thiago (percussão), Gilmar (sax-tenor), Ivan (percussão), Meminho (percussão), Sandrinho (trombone), Lobo (percussão), Maciel (trompete), Cristóvão (sax-alto), Jonas 
(sax-alto); atrás: Pedro (trompete), Andinho (sax-alto) e Giso (trombone).


Instagram: https://www.instagram.com/ampa2017/



sábado, 19 de agosto de 2017

De Passinha e Anacleto

Nascido na cidade de Pão de Açúcar em outubro de 1908, Manoel Capitulino de Castro, vulgo Manoel Passinha, foi iniciado musicalmente pelo mestre Nozinho/Manoel Vitorino Filho (*1895+1960) que o admitiu criança como caixista na Banda da Sociedade Musical Guarany.

Aos 18 anos, ingressa na Banda de Música do 20.º BC, em Maceió, tocando clarinete. A partir daí, revela-se como multi-instrumentista, compositor, arranjador, regente, band leader, enfim, músico notável que faria história no Estado de Alagoas. 


Faleceu aos 84 anos de idade, em junho de 1993.

De maestro Passinha há no acervo da Filarmônica Mestre Elísio o pot-pourri (diz-se: “popurri”) Saudades de Maceió e o dobrado Lira da Saudade


Particularmente, conhecia mais da obra dele através do maestro Cafau que emprestara LP da Banda da Polícia Militar de Alagoas, gravado na década de 1970, com músicas e arranjos de Manoel Passinha. Não apenas dele, havia também um arranjo originalíssimo do também pão-de-açucarense Anacleto José de Souza, dos Ramos (família de ilustres músicos), feito para o sucesso de Wando à época: o samba-canção Moça.

Saudades de Maceió
ainda hoje integra nosso repertório. Aliás, é facilmente reconhecível, principalmente pelos conterrâneos residentes na capital, e sempre solicitada na principal festa da cidade, em fevereiro, também chamada pelos músicos de “nove noites”. A rigor, são 11 dias (1 tarde, 9 noites e manhã e tarde do 11.º dia). Sem contar as matinas eventuais, são 12 eventos consecutivos realizados entre a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro.

Moça
 é mais uma das várias partituras compartilhadas via Pão de Açúcar e integrou nosso repertório no tempo em que fazíamos a transição para um estilo eclético, com MPB e música regional. Até então o que nos definia era o fato de sermos uma banda exclusivamente de dobrados, hinos cívicos, religiosos e canções marciais. 


(Áudio ilustrativo produzido no programa Sibelius com o Noteperformer integrado)


terça-feira, 7 de junho de 2016

Maestro Cafau (*1938+2009)




Cícero Francisco de Brito (Maestro Cafau) era natural de Pão de Açúcar. Subtenente reformado da Polícia Militar de Sergipe, foi uma figura legendária. Comandou a Filarmônica Mestre Elísio por 16 anos e meio até ser “compulsoriamente” afastado para tratar da saúde. Ficou maestro emérito.

Em fevereiro de 1991 Cafau viera tocar carnaval com Zé Broinha e Damião. Naquela oportunidade, foi convidado a “reforçar” a Banda na festa da Padroeira. Tocou sax-tenor. Sequer podia imaginar que dez meses depois viria definitivamente para Piranhas, então como maestro.

Músico militar, Cafau fora primeiro clarinetista da Banda da Polícia Militar de Sergipe durante 30 anos. Chegou a regê-la. E, por ser militar, também fora delegado em Porto da Folha/SE e ainda maestro da Banda dessa cidade. Embora ele mesmo se subestimasse, era um excelente músico.

(...)








sexta-feira, 3 de junho de 2016

Filarmônica Mestre Elísio - 27 anos


Filarmônica Mestre Elísio



Ativa desde 1989, a Filarmônica Mestre Elísio deve seu nome à figura do eminente maestro Elísio José de Souza, pernambucano que veio a atuar no município de Piranhas/AL nos anos findos da década de 1950 e começos de 1960. Antes de sua atuação na Banda da cidade, àquela época inativa, o mestre Nemézio Teixeira já se estabelecera professor de música na região, iniciando musicalmente toda uma geração de jovens piranhenses, entre os quais, a Dr.ª Rosiane Rodrigues Cavalcanti – médica e compositora – e Egildo Vieira, renomado músico alagoano de saudosa memória.

Mestre Nemézio (falecido no ano de 1979) foi digno representante de uma linhagem notável de mestres músicos no sertão alagoano – como o mestre Nozinho/Manoel Vitorino Filho (1895-1960) em Pão de Açúcar na primeira metade do século XX ou o mestre Vieirinha (Manoel Vieira Ramos, na década de 1930 em Piranhas) ou ainda o maestro José Emiliano atuante em Piranhas e Água Branca no limiar do século.

Dos músicos iniciados ou iniciantes daquela época, integraram a banda do mestre Elísio: Bujão, Jackson, Afonsinho e Toinho seu irmão, percussionistas; Elias “Balaio” e Ezequias filho do mestre Elísio (trombones); João Gilberto (bombardino); Joãozinho Batista, Toinho “de Expedito Balaio” e Jason (trompetes); Zé Norberto “Boca Rica” (sax-alto); Dorinho, Divacy, Norberto e Egildo (clarinetas).

Bujão (Augusto José Neto) tocava pratos nessa época, estudou trompa e viria quase trinta anos depois tocar bombardino na banda reativada. Seu Elias “Balaio” também voltaria quando adulto a tocar na banda de Piranhas. Importante notar que eram todos crianças ou adolescentes na época do mestre Elísio.

Em 1989, na administração Inácio Loiola Damasceno Freitas, a banda do município é reativada à memória do maestro Elísio José de Souza, falecido em julho de 1978 na cidade de Delmiro Gouveia.

De Pão de Açúcar vieram, para tornar viável essa última formação, os dois primeiros maestros: Bubu (Afrânio Menezes Silva), de maio de 1989 a dezembro de 1991 e Cafau (Cícero Francisco de Brito), em dois períodos distintos, de janeiro de 1992 a dezembro de 1996 e, posteriormente, de agosto de 1998 a agosto de 2009. O mestre Damião Ferreira Lima, outro pão-de-açucarense distinto, instrutor de  fanfarras, dirige a banda de janeiro de 1997 a meados de 1998. A partir do afastamento de maestro Cafau, em 2009, seu filho Cicinho (maestro Cícero Campos) assume o comando até dezembro de 2013. Atualmente, a Filarmônica Mestre Elísio é capitaneada pelo maestro Leleo (Willamy Franciel dos Santos Isidoro).