domingo, 17 de outubro de 2021
sexta-feira, 14 de maio de 2021
Centenário de falecimento do Maestro Benedito Silva (1859-1921)
Há 100 anos falecia Benedito Raimundo da Silva (*31/08/1859 †14/05/1921), o Benedito Piston, grande compositor e instrumentista maceioense do final do século 19.
Autor do Hino de Alagoas, em parceria com o poeta Luiz Mesquita, o maestro Benedito Silva já teve, neste blog, sua biografia e parte da obra retratada pela pesquisa Billy Magno/F. Ventura, em pelo menos três publicações, desde o ano de 2018.
Para comemorar este centenário, apresentamos o que de sua produção original foi resgatado pelos maestros: Régis Duprat (*Rio de Janeiro, 1930) e Rogério Duprat (1932-2006) na série de discos Três Séculos de Música Brasileira (1978); Luiz Gonzaga Carneiro "Gonzaguinha" (*Paulista, PE, 1928) e o arranjador Osvaldo Pinto Barbosa "Vavá" (*Guarabira, PB, 1933) na série Bandas de Música de Ontem e de Sempre (1983;1990), patrocinada pela Federação Nacional de Associações Atléticas Banco do Brasil (FENAB), com a produção musical do pesquisador José Silas Xavier (*Guarani, MG, 1939); e ainda o que foi gravado pelo pianista Joel Bello Soares (*Rio Largo, AL, 1934) no disco Valsas, Polkas e Mazurkas - A Música Alagoana do Início do Século (1987).
Obs.: A disposição dessas obras segue a ordem cronológica inversa. Com exceção do Hino de Alagoas, os demais áudios são extratos dos discos completos disponíveis no You Tube. Portanto, cada música de Benedito Silva é antecedida/sucedida por obras de autores diversos, todos especialmente alagoanos no caso particular do disco de Joel Bello Soares.
quinta-feira, 4 de março de 2021
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
Augusto José Neto Bujão (Piranhas, 2 jun. 1951 – Arapiraca, 4 jan. 2021)
Augusto José Neto "Bujão" no pátio da Igreja de Nossa Senhora da Saúde (anos 1990) (Arquivo: Família Fernandes Fontes) |
Lamentamos profundamente a morte, ocorrida na manhã de ontem, de Augusto José Neto, mais conhecido por todos como Bujão, nosso amigo e colega bombardinista nos primeiros 11 anos da Filarmônica Mestre Elísio.
Filho de Otávio e
Raimunda; irmão de Generva e Ednólia (in memoriam), Rita e Ismael; tio de
Raimundo, Charridy e Ary Cherlinson; esposo de Fátima Fernandes; pai de Ana
Paula e Anne Karine; avô de Augusto, Sabrina, Letícia e Otávio; Bujão foi
mecânico de profissão, mas na atuação musical pôde realizar-se plenamente. E mesmo há 20 anos fora da banda ainda nutria a esperança de voltar
a tocar ainda que por único especial momento.
Pioneiro da FMEJS, foi aluno do mestre Elísio José de Souza (1911-1978) na década de 1960. Estudava saxhorn/trompa e tocava pratos na banda.
No
final da década de 1980, ele (agora no bombardino) e o sr. Elias Balaio (no
trombone), ex-integrantes da antiga banda do mestre Elísio, foram os primeiros
a se disponibilizarem para a restauração da banda municipal. Desta vez,
com a direção de Afrânio Menezes Silva, o mestre Bubu (1936-1991), a banda
estreou em 7 de setembro de 1989 com a participação deles mais os
pão-de-açucarenses, radicados em Piranhas, Zé Broinha (trompete) e Damião
(trombone), instrutor da banda marcial da Escola Cenecista
Cel. José Rodrigues, e os alunos piranhenses do mestre Bubu: Zilvan e Jaime,
clarinetes; os irmãos Jorge e Zé Carlos, trompetes; e alguns percussionistas da
banda marcial.
Mais que um colega de atuação musical, Bujão foi como um pai para todos nós iniciantes da banda de Piranhas naqueles primeiros anos. Incentivava e protegia. Trouxe sua esposa e filhas para a banda: Fátima no surdo, Ana nos arquivos e Karine no trompete.
Seu
ânimo foi tanto com a possibilidade de reativação da banda naquele ano (1989)
que com pouco tempo de aula, no mesmo dia em que mestre Bubu lhe confiou o
bombardino, parou terminantemente de fumar — confidenciou-nos mais tarde.
Em
dado momento, antes de termos sede própria, cedeu o porão de sua casa para os
ensaios do grupo recém-iniciado.
Personalidade
forte e contestadora, comum aos Fontes, não raro apresentava uma atitude conflituosa, porém,
era humilde o suficiente para superar as diferenças em favor de um bem maior: a
relação fraterna necessária para a sobrevivência da banda.
No
ano 2000, por motivo alheio à sua vontade, junto com esposa e filhas,
deixou a Mestre Elísio. Desde então, e muito mais agora, reverenciamos sua história nas bandas de música desta cidade.
À família enlutada nos juntamos neste difícil e imperativo esforço de superar a dor da perda.
Descanse
na Santa Paz do Senhor, Bujão...