sexta-feira, 11 de julho de 2025

11 DE JULHO: DIA DO MESTRE DE BANDA

Este texto foi gerado parcialmente pelo modelo de linguagem de inteligência artificial Gemini

Além da Partitura: O Legado do Mestre de Banda

Hoje, 11 de julho, celebramos uma figura essencial no universo da música: o Mestre de Banda. Mais do que um mero regente, ele é o arquiteto sonoro, o educador paciente e o líder inspirador que molda o talento e a paixão musical de tantos instrumentistas.

Pense em qualquer banda – seja ela marcial, sinfônica, filarmônica, ou mesmo aquela banda de coreto que embala as tardes de domingo na praça. Por trás de cada nota sincronizada, de cada melodia que emociona e de cada apresentação impecável, existe a dedicação incansável de um Mestre de Banda.

(Imagem meramente ilustrativa)

Muito Além da Batuta

A função de um Mestre de Banda vai muito além de simplesmente ditar o ritmo com uma batuta. Ele é o responsável por:

  • Educar e Formar: Muitos mestres de banda são os primeiros a colocar um instrumento nas mãos de um jovem, ensinando desde as notas básicas até as técnicas mais complexas. Eles são verdadeiros professores, transmitindo conhecimento e disciplina musical.

  • Arranjar e Adaptar: Frequentemente, são eles que adaptam partituras, criam arranjos e selecionam o repertório, garantindo que a música seja executada da melhor forma possível pelos músicos disponíveis.

  • Liderar e Inspirar: Lidar com um grupo de dezenas, às vezes centenas, de músicos exige paciência, liderança e uma capacidade única de motivar. O Mestre de Banda inspira seus alunos e colegas a buscarem a excelência, superarem desafios e amarem a música.

  • Organizar e Gerenciar: Há todo um trabalho de bastidores que envolve logística, ensaios, organização de apresentações e, muitas vezes, a captação de recursos. O Mestre de Banda é um gestor completo.

  • Preservar Tradições e Inovar: Eles mantêm vivas as tradições musicais, ao mesmo tempo em que incentivam a experimentação e a introdução de novas ideias e estilos.

O Legado de Uma Vida Dedicada à Música

Um Mestre de Banda é uma liderança indispensável na vida de seus alunos. O impacto de seu trabalho se reflete não apenas nas performances musicais, mas também no caráter e na disciplina que ele ajuda a desenvolver. Quantos músicos profissionais, professores de música e amantes da arte iniciaram sua jornada sob a orientação atenta de um mestre de banda?

Neste Dia do Mestre de Banda, nosso aplauso e reconhecimento vão para esses profissionais que, com paixão e maestria, regem não só notas musicais, mas também sonhos, talentos e a harmonia de uma comunidade.

Neste Dia do Mestre de Banda, a Filarmônica Mestre Elísio celebra seus regentes, aqueles que, com paixão e dedicação, moldaram o som e a alma de nossa banda.

Nossos aplausos e nossa gratidão vão para:

  • Mestre Bubu (in memoriam)
  • Maestro Cafau (in memoriam)
  • Mestre Damião
  • Maestro Cicinho
  • Maestro Leleo.

Que o legado de cada um deles continue a ecoar em cada nota da Filarmônica Mestre Elísio. Parabéns a todos!


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GEMINI. Além da Partitura: O Legado do Mestre de Banda. 2025. Disponível em: https://gemini.google.com. Acesso em: 11 jul. 2025.


terça-feira, 3 de junho de 2025

PIRANHAS 138 ANOS: ENTRE A LENDA E OS FATOS

—  Vá ao “porto da piranha” e traga o meu cutelo!

Essa frase não poderia ser mais trivial; porém, é dotada do senso de localização geográfica que torna os nomes célebres.

Ao chegar em casa com a pescaria do dia, o pescador, por óbvio, lembrou-se da faca que havia deixado na margem do rio e pediu ao filho que a buscasse.

Não se sabe em que data isso teria acontecido. Do tempo em que se chamou Tapera, nome de origem tupi-guarani para qualquer lugarejo constituído por habitações precárias, como as de taipa, o fato é  que no início do século XIX esse local se chamava Porto de Piranhas; em 1885, Freguesia de Piranhas; em 1887, Vila de Piranhas; e em 1891, distrito-sede do município de Piranhas; cidade na década de 1930.

Em 1939, um decreto-lei federal mudou seu nome para Marechal Floriano, em reverência ao cinquentenário da Proclamação da República e ao centenário de nascimento do alagoano Marechal Floriano Vieira Peixoto (1839-1895), segundo presidente do Brasil. Essa mesma lei mudou o nome da cidade de Alagoas, primeira capital do estado, para Marechal Deodoro.

Dez anos depois, o novo nome ainda não havia se consolidado e o “marechal de ferro” — cognome adquirido pela repressão à Revolta da Armada (1893-1894) e à Revolução Federalista (1893-1895) — perdeu seu laurel sertanejo, legado pela política ufanista, retornando o lugar por força de nova lei à antiga denominação: Piranhas.

Em termos de resistência cultural toponímica, Deodoro triunfou no litoral (pudera! em sua terra natal), Floriano fracassou no sertão, a cerca de 300 km da Vila de Ipioca, no entorno de Maceió, onde nasceu. Mas seu nome resiste na toponímia nacional, como nos estados de Santa Catarina (Florianópolis), Rio Grande do Sul (Floriano Peixoto) e Espírito Santo (Marechal Floriano), além de dezenas de logradouros país afora.

Por aqui, venceu o costume indígena de dar nome de fenômenos, bichos e coisas aos lugares. Piranha, do tupi pi’rãya ou pi’rãi, o voraz peixe-diabo de dentes afiados capaz de em pouco tempo descarnar animais muito maiores, figuradamente dos tipos ditos “marechais” também.

E assim, debitados os fatos precisamente datados a partir da década de 1850, à posteridade é legado o mito fundador dessa cidade no sertão das Alagoas com uma narrativa transmitida pela tradição de um evento considerado histórico, mas cuja autenticidade  é improvável.

Alguém inspirado no simbolismo das associações geográficas evocadas pelos seus morros mais tarde a chamou poeticamente de “lapinha”, qual imagem de presépio: a Lapinha do Sertão.

  

F. Ventura (2024)




quarta-feira, 28 de maio de 2025

O DOBRADO ALAGOANO

No Brasil, a origem do dobrado remonta ao século XIX, influenciado pelas marchas militares europeias. Contudo, ao longo do tempo, o gênero adquiriu características próprias, sendo executado pelas bandas militares e civis. No contexto alagoano, compositores e maestros locais contribuíram para a formação de um repertório vibrante, que ressoaram nas praças e avenidas.

Essencialmente, o dobrado é uma marcha militar com uma estrutura formal que geralmente inclui introdução, partes melódicas contrastantes e um trio, que é uma seção mais lírica e expressiva. A instrumentação é tipicamente composta por metais (trompetes, saxhornes, trombones, tubas, bombardinos), madeiras (clarinetes, flautas, saxofones) e percussão (caixa, bumbo, pratos), conferindo-lhe a sonoridade imponente que o caracteriza.

Alagoas também contribuiu para a perpetuação e interpretação desse gênero. As bandas de música das instituições militares e civis alagoanas são guardiãs desse repertório, conservando tanto os dobrados clássicos brasileiros quanto aqueles que ganharam destaque nas tradições locais. A dedicação de maestros e músicos alagoanos garante que essa herança musical continue preservada.

O panorama dos compositores alagoanos conta com nomes de peso, como o maceioense Benedito Raimundo da Silva (1859-1921), popularmente conhecido em sua época como Benedito Piston. Ele foi um prolífico autor de cerca de 300 obras, das quais 25% são dobrados. Igualmente notáveis são os pão-de-açucarenses Manoel Passinha (1908-1993) e Antônio Francisco dos Santos (1892-197?), autores de "Brigada Passinha" e "Comandante Narciso", respectivamente.

O maestro Tenente Antônio Francisco dos Santos foi ensaiador geral de bandas militares no então Estado da Guanabara. Autor de mais de 40 dobrados e marchas militares, que fazem parte do repertório de diversas bandas no Brasil, incluindo o conhecido dobrado "Comandante Narciso", que teve sucesso até na Espanha, é considerado uma das figuras ilustres da historiografia musical nacional.


Identificar compositores de dobrados especificamente alagoanos, cujas obras sejam amplamente reconhecidas e atribuídas como "dobrados alagoanos" de destaque, pode ser um pouco desafiador, pois muitos dobrados circulam nacionalmente e a autoria nem sempre é restrita a um único estado. No entanto, é possível citar músicos e maestros alagoanos que tiveram uma forte ligação com as bandas militares e civis do estado e que compuseram ou arranjaram obras no gênero dobrado.

Uma obra de referência para nosso repertório alagoano é o pot-pourri marcial "Saudades de Maceió", de M. Passinha.

É importante notar que o repertório de dobrados nas bandas militares e civis em Alagoas frequentemente inclui obras de compositores nacionais renomados, como Pedro Salgado (1890-1973), Joaquim Naegele (1899-1995)Antônio Manoel do Espírito Santo (1884-1913), compositor baiano filho de uma alagoana de Palmeira dos Índios. No entanto, os músicos e maestros alagoanos citados acima são exemplos de como o estado tem seus próprios talentos que enriqueceram a tradição.


quarta-feira, 7 de maio de 2025

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A OFICINA DE ENSINO COLETIVO


Piranhas, AL – Estão abertas as inscrições para a oficina de Ensino Coletivo nas Bandas do Alto Sertão. A iniciativa visa fortalecer as práticas pedagógicas de ensino musical em grupo, direcionada a músicos, maestros, educadores musicais e estudantes de música da região do Alto Sertão alagoano.

Durante os dois dias de imersão, a oficina oferecerá momentos de discussão, atividades em grupo e a troca de experiências entre os participantes, fomentando a criação de redes de colaboração e o aprimoramento das bandas.

O projeto é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, através do Ministério da Cultura (Minc), operacionalizado pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult).

Serviço:

🗓️ Data: 16-17/5/2025

Horário: 9h às 17h

📍Local: Conservatório Municipal de Música Cacilda Damasceno Freitas

 

Inscrições em: https://forms.gle/rV6273rgYUA4LJKV7