segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

BANDA DE PÍFANO DA CASA


(...)

A Banda de Pífano da Casa representa a mais recente geração desse gênero instrumental no centro histórico de Piranhas. Composto por Mestre Giso (pífano), Belo (caixa) e Sandoval (zabumba), o grupo, com cinco anos de trajetória, tem animado diversos eventos socioculturais, abrangendo desde celebrações religiosas e manifestações folclóricas a eventos turísticos.

A tradição dos ternos de pífano, também conhecidos como “esquenta mulher” ou “cabaçal” em outras regiões do Nordeste, é preservada pela banda. Historicamente, esses grupos desempenham um papel crucial em eventos religiosos, animando os novenários dos padroeiros e acompanhando as procissões de encerramento das festas.

Em Piranhas, tem no octogenário Damião Silveira Vieira (o Damião do Pife), pifeiro e ex-sineiro da igreja, sua principal referência. O legado musical se estende também a Egildo Vieira (1947-2015), renomado flautista piranhense e grande entusiasta do pífano e das formações musicais que o têm como protagonista.

(...)


Confira a íntegra da matéria no Portal Adalberto Gomes Notícias: http://www.adalbertogomesnoticias.com.br/2025/01/banda-de-pifano-na-festa-da-padroeira.html


sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Playlist Zé Gordo: Chorinhos, Boleros e Chá chá chá



JOSÉ RAMOS DE SOUZA [o Zé Gordo] nasceu em Pão de Açúcar-AL, no dia 19 de março de 1934, (...).  ZÉ DE LULU, como era chamado pelos que o conheceram quando ainda jovem, era o primogênito de sete irmãos, todos músicos e quase  todos maestros. Acilon (1935-1999) regeu a Banda da Polícia Militar de Pernambuco; Anacleto e Petrúcio regeram a Banda da Base Aérea de Salvador-BA, que tinha outro irmão, Valter, como notável solista de sax alto e César (1949-2006), destacado trompetista, viria a reger a Banda da Polícia Militar da Bahia.

(...)

Na Banda de Música regida pelo velho mestre, ZÉ DE LULU iniciou tocando tambor. Em 1946 era trompista e já no ano seguinte participa do seu primeiro carnaval, tocando banjo. Em 1949 passa para o trompete, onde se revela notavelmente expressivo e dedilha o saxofone. Em 1951, aos 17 anos, deixa Pão de Açúcar e ruma para Paulo Afonso-BA, onde começa trabalhando como guarda da CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco, ao tempo em que participa da Banda de Música da empresa. Passou ainda pela Sociedade Musical Penedense e em meados dos anos 1950 se muda para Maceió-AL, indo trabalhar na Rádio Difusora de Alagoas. Como o salário da Rádio atrasava, ele encontrou uma alternativa junto às orquestras e conjuntos diversos. Em 1958 ingressa na Polícia Militar do Estado de Sergipe e alcança a patente de 1º Sargento Ensaiador da Orquestra de Baile da Corporação, chegando a realizar uma apresentação magistral no Palácio do Governo a convite do então Governador Luiz Garcia. No desejo de dedicar-se em tempo integral à sua arte, pede baixa pouco tempo depois. Participou por pouco tempo da Orquestra da Rádio Difusora de Sergipe e de uma Banda de Música na pequena cidade de Lagarto-SE.

Em busca de melhores oportunidades, deixa o Nordeste em 1960, transferindo-se para a cidade de Santos-SP, no litoral paulista, lugar que escolheu para viver. Era o auge das boates do Porto, do Balneário. Lá encontrou trabalho abundante em pequenos Conjuntos e grandes Orquestras. Como multi-instrumentista, levava vantagem sobre os colegas, o que lhe permitia abrir várias frentes de trabalho, tocando o que precisasse. Em Santos, foi integrante de grupos como o Original Music and Choral e Os Praianos. Participou também da Banda da UNITAS, quando de sua viagem de integração ao Brasil e na sua fase final da Jazz Big Band.

Em 1978 foi um dos fundadores da Banda Reveillon que marcou época em São Paulo-SP por reunir grandes instrumentistas como os saxofonistas e arranjadores Apóstolo Seco (Bauru) e Antônio Arruda (Cangaceiro), o trombonista e arranjador Roberto Gagliardi, o guitarrista Joseval Paes, o pianista Roberto Dantas, o trompetista Luiz Carlos Costa, o percussionista Rui di Tore e o contrabaixista João Barão, entre outros. Em 1988, durante o reveillon, a TV Bandeirantes exibiu um especial histórico com a Banda.

Em 1995, deixa a Reveillon e passa a se dedicar às suas composições, sempre deixadas em segundo plano por conta da rotina de viagens e gravações, reunindo-as, então, numa pequena coletânea em que predominam os choros. Compunha também boleros, valsas, frevos, baiões e um dobrado. Homem generoso, não se negava a ensinar a quem quer que o procurasse, deixando vários alunos espalhados pelo país. Amou a sua arte de forma incondicional e procurou transmitir este sentimento a todos que o cercavam. Foi assim que se despediu definitivamente para um Plano Superior, no dia 23 de abril de 2007.

(...)

Conheça o Projeto Divulgando Compositores Alagoanos Banco de Partiturashttps://www.composal.zebrandao.com/

Playlist Tutorial MuseScore