Cantora, natural de Paulo Jacinto/AL. "Montou uma banda feminina e participou de vários festivais de música, ganhando vários prêmios, principalmente como melhor intérprete. Funcionária da Embratel, na qual se aposentou. Cantora popular, tendo se apresentado no Rio de Janeiro, onde viveu por três anos. Uma das poucas a obter a nota 10 no famoso, à época, programa de Júri do Flávio Cavalcanti, na TV. Voltou a viver em Maceió: em 1973. Em 1979, apresentou-se em um Show no Teatro de Arena. Porém, nunca abandonou sua carreira de cantora, participando de Festivais e, durante certo tempo, em temporadas no Hotel Beira Mar. Ainda em Maceió: gravou, em 2000, um LP independente, com produção e direção de Rosinha de Valença, Lançou em 2001, o CD Dama da Noite." (BARBOSA, Leureny... Barros. ABC das Alagoas. http://abcdasalagoas.com.br/verbetes.php)
Escritora, natural de Piranhas/AL. "Poetisa, compositora, médica. (...) Teve músicas de sua autoria editadas, em 1982, no disco Convite e Primeiro e Único de compositores, músicos e intérpretes alagoanos e do cantor nordestino Pajeú do Sertão, com quatro e duas faixas de sua autoria, respectivamente. O CD intitulado Alagoas, Meu Encanto, v. 2, uma produção do Governo de Alagoas, 2001, tem uma faixa de sua autoria, intitulada Forrozando em Piranhas. Lançou, ainda, no Teatro Deodoro e em Piranhas, o CD Vem Ver Pra Crer – Leureny canta Rosane Rodrigues, em 2004." (CAVALCANTI, Rosiane Rodrigues ... de Alencar. ABC das Alagoas. http://abcdasalagoas.com.br/verbetes.php)
"A história é um campo de disputa onde diferentes grupos sociais lutam para impor sua própria versão do passado." - E. P. Thompson
Única partitura remanescente do bloco carnavalesco Os Trovadores, Maria Rosa tem autoria atribuída a Bianor Soares, conforme escreve Mestre Nemésio três dias depois do Carnaval de 1945, sexta-feira, 16 de fevereiro. É uma das catorze marchas ainda hoje cantadas pelo bloco que tem seu centenário comemorado este ano.
Não se tem certeza que essa composição tenha sido criada para Os Trovadores. Seria mais uma das várias marchas dos carnavais antigos incorporadas ao repertório. São poucas as exclusivas da folia piranhense.
Juntam-se a ela mais treze marchas no repertório fixo: Bota-fora, Cabrocha baiana, Carnaval é rei, Era um notório, Mariana, Morcego, Na praia do Leme, Quem pode com ele, Seu Diretor, Terceiro ano, Trovadores, Velho e Vira.
Nas cores verde, vermelho e branco, o bloco se compõe de cerca de 60 passistas, porta-estandarte e mestre-sala (diretor ou puxador de bloco), 5 tocadores (sanfoneiro, saxofonista, zabumbeiro, pandeirista e triangulista) com cavaquinhista eventual, mais 2 personagens cômicos: o velho e o morcego.
Tradicionalmente percorrem o centro histórico do Sábado de Aleluia à Terça-feira Gorda, pousando em casas de família ou comerciais que lhes oferecem bebidas típicas.
A origem do bloco é controversa e evidencia a disputa pelo protagonismo das famílias históricas.
Duas versões prevalecem sobre a constituição do bloco em 1924. A primeira dá conta que o filho mais velho do deputado coronel José Rodrigues de Lima, Antônio Rodrigues de Lima, trouxe para Piranhas a folia de Salvador, de onde copiou fantasia, enredo e alegoria. Ele estudava Medicina na capital baiana. Nas férias, viabilizou a folia.
Formado por vinte e três jovens da elite piranhense, como os Rodrigues de Lima e os Porfírio de Britto, esse bloco estrearia no domingo de Carnaval, 2 de março de 1924, partindo do Cabrobó, na entrada da cidade.
Ao mesmo tempo, outro bloco foi formado. Dessa vez, com populares, homens e mulheres, liderados pelo coletor estadual Manoel Silva. Eram As Borboletas. Aqui os jovens Zé Nego e Liquinha se destacavam.
No dia da apresentação, Os Trovadores desceram a ladeira do Cabrobó enquanto que As Borboletas subiam a partir do Canto.
No encontro dos blocos no recinto ferroviário houve confusão desenfreada, evidenciando mais do que a rivalidade comum de foliões, mas uma luta de classes, já que era a elite luxuosa e perfumada sendo desbancada na preferência popular por um rival periférico.
Resultado: os blocos deixaram de se apresentar por quarenta anos, só retornando na década de 1960, agora recriados sob a liderança de Zé Nego (Os Trovadores) e Mané Cego (As Borboletas), apresentando-se não mais no Carnaval anterior à Quaresma, mas no período da Páscoa, chamado Micareme (palavra de origem francesa que designa o carnaval fora de época).
Assim é o que descreve o primeiro estudioso¹ da folia piranhense em 1995, 71 anos depois da criação dos Trovadores.
Por outro lado, a família herdeira de Zé Nego, mantenedora do bloco, conta história totalmente diferente.
Segundo ela, o bloco teve origem pelos portuários e trabalhadores da ferrovia sob a liderança de Zé Nego, um cearense do Crato radicado em Piranhas. O Bloco As Borboletas seria uma dissidência daquele primeiro bloco, sendo criado três anos depois, em 1927, por Manoel Leandro dos Santos, o Mané Cego.
Ao contrário do que registra o pesquisador pioneiro, o bloco teria sido criado não para o Carnaval (pré Quaresma), mas para a Micareme (pós Semana Santa).
Independentemente da versão que se considere mais, são fatos:
_____________________
A brief timeline of Sousa's life - John Philip Sousa https://t.co/W3fS9SzEJS
— F. Ventura 🎼🎶 (@F7Ventura) February 27, 2024
Texto originalmente publicado por Lúcio Lucena no Blog do Lucena em 15/12/2010
De fato, em 4 de fevereiro comemora-se o aniversário de inauguração da Escola de Música Mestre Elísio, ocorrida em 4/2/1990 na Praça Padre Cícero, comunidade do Cabrobó.
As atividades da escola começaram com mestre Bubu nove meses antes nos fundos do antigo Armazém de Sal, à época (1989) parte do Centro Social e Esportivo Piranhense (CSEP), hoje Centro Cultural Miguel Arcanjo de Medeiros.
Antes, o período de inscrições na Prefeitura teve a adesão de setenta e oito crianças, jovens e adultos.
Então, o dia da primeira aula de mestre Bubu, segunda-feira, 8 de maio de 1989, deve ser a data correta de aniversário da Escola de Música Mestre Elísio. Sete de setembro, a data de estreia da Banda de Música Mestre Elísio (atual Filarmônica) sob o mestre Bubu com iniciados do mestre e principalmente veteranos de outras formações, e 4 de fevereiro de 1990 a data de inauguração da sede.
São exatamente 34 anos, 8 meses e 4 semanas: 12.691 dias.