sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
ÚLTIMO DIA PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS E CONTRAPARTIDAS DA LEI ALDIR BLANC
— F. Ventura 🎼🎶 (@F7Ventura) 30 de dezembro de 2022
terça-feira, 27 de dezembro de 2022
sexta-feira, 16 de dezembro de 2022
Cultura bandística na crônica de Jurandir Ferreira (1905-1997)
#JurandirFerreira O coreto | Crônicas | Portal da Crônica Brasileira https://t.co/f7H7fzNs1s
— F. Ventura 🎼🎶 (@F7Ventura) December 16, 2022
Sobre o autor: https://cronicabrasileira.org.br/autores/12495/jurandir-ferreira
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
Resultado do Edital Prêmio Mestre Manuca 2022
O DOEAL de hoje (7/12) publica resultado final retificado do Edital Secult/AL N.º 14/2022 Prêmio Manoel Leandro Simplício "Mestre Manuca" que premia 15 projetos de capacitação, 5 projetos de criação de novas bandas, 5 projetos de encontros, 10 projetos de bandas até dez anos de existência e 10 projetos de bandas acima de dez anos de existência.
Mais informações em:
terça-feira, 20 de setembro de 2022
Festival de Música de Penedo 2022
segunda-feira, 29 de agosto de 2022
Projeto Bandas de Música Funarte
Mais informações: https://www.gov.br/funarte/pt-br/areas-artisticas/musica-2/projeto-bandas-de-musica
sábado, 30 de julho de 2022
Egildo Vieira - por Leonardo Araújo
Dissertação de Leonardo Araújo sobre Egildo Vieira (1947-2015) apresentada em 2021 ao Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN): Composições Forró de Salu e Lamento do São Francisco para Flauta e Pífano de Egildo Vieira (1947-2015): Análise Musical e Proposta à Luz da Estética do Movimento Armorial.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
domingo, 17 de outubro de 2021
sexta-feira, 14 de maio de 2021
Centenário de falecimento do Maestro Benedito Silva (1859-1921)
Há 100 anos falecia Benedito Raimundo da Silva (*31/08/1859 †14/05/1921), o Benedito Piston, grande compositor e instrumentista maceioense do final do século 19.
Autor do Hino de Alagoas, em parceria com o poeta Luiz Mesquita, o maestro Benedito Silva já teve, neste blog, sua biografia e parte da obra retratada pela pesquisa Billy Magno/F. Ventura, em pelo menos três publicações, desde o ano de 2018.
Para comemorar este centenário, apresentamos o que de sua produção original foi resgatado pelos maestros: Régis Duprat (*Rio de Janeiro, 1930) e Rogério Duprat (1932-2006) na série de discos Três Séculos de Música Brasileira (1978); Luiz Gonzaga Carneiro "Gonzaguinha" (*Paulista, PE, 1928) e o arranjador Osvaldo Pinto Barbosa "Vavá" (*Guarabira, PB, 1933) na série Bandas de Música de Ontem e de Sempre (1983;1990), patrocinada pela Federação Nacional de Associações Atléticas Banco do Brasil (FENAB), com a produção musical do pesquisador José Silas Xavier (*Guarani, MG, 1939); e ainda o que foi gravado pelo pianista Joel Bello Soares (*Rio Largo, AL, 1934) no disco Valsas, Polkas e Mazurkas - A Música Alagoana do Início do Século (1987).
Obs.: A disposição dessas obras segue a ordem cronológica inversa. Com exceção do Hino de Alagoas, os demais áudios são extratos dos discos completos disponíveis no You Tube. Portanto, cada música de Benedito Silva é antecedida/sucedida por obras de autores diversos, todos especialmente alagoanos no caso particular do disco de Joel Bello Soares.
quinta-feira, 4 de março de 2021
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
Augusto José Neto Bujão (Piranhas, 2 jun. 1951 – Arapiraca, 4 jan. 2021)
Augusto José Neto "Bujão" no pátio da Igreja de Nossa Senhora da Saúde (anos 1990) (Arquivo: Família Fernandes Fontes) |
Lamentamos profundamente a morte, ocorrida na manhã de ontem, de Augusto José Neto, mais conhecido por todos como Bujão, nosso amigo e colega bombardinista nos primeiros 11 anos da Filarmônica Mestre Elísio.
Filho de Otávio e
Raimunda; irmão de Generva e Ednólia (in memoriam), Rita e Ismael; tio de
Raimundo, Charridy e Ary Cherlinson; esposo de Fátima Fernandes; pai de Ana
Paula e Anne Karine; avô de Augusto, Sabrina, Letícia e Otávio; Bujão foi
mecânico de profissão, mas na atuação musical pôde realizar-se plenamente. E mesmo há 20 anos fora da banda ainda nutria a esperança de voltar
a tocar ainda que por único especial momento.
Pioneiro da FMEJS, foi aluno do mestre Elísio José de Souza (1911-1978) na década de 1960. Estudava saxhorn/trompa e tocava pratos na banda.
No
final da década de 1980, ele (agora no bombardino) e o sr. Elias Balaio (no
trombone), ex-integrantes da antiga banda do mestre Elísio, foram os primeiros
a se disponibilizarem para a restauração da banda municipal. Desta vez,
com a direção de Afrânio Menezes Silva, o mestre Bubu (1936-1991), a banda
estreou em 7 de setembro de 1989 com a participação deles mais os
pão-de-açucarenses, radicados em Piranhas, Zé Broinha (trompete) e Damião
(trombone), instrutor da banda marcial da Escola Cenecista
Cel. José Rodrigues, e os alunos piranhenses do mestre Bubu: Zilvan e Jaime,
clarinetes; os irmãos Jorge e Zé Carlos, trompetes; e alguns percussionistas da
banda marcial.
Mais que um colega de atuação musical, Bujão foi como um pai para todos nós iniciantes da banda de Piranhas naqueles primeiros anos. Incentivava e protegia. Trouxe sua esposa e filhas para a banda: Fátima no surdo, Ana nos arquivos e Karine no trompete.
Seu
ânimo foi tanto com a possibilidade de reativação da banda naquele ano (1989)
que com pouco tempo de aula, no mesmo dia em que mestre Bubu lhe confiou o
bombardino, parou terminantemente de fumar — confidenciou-nos mais tarde.
Em
dado momento, antes de termos sede própria, cedeu o porão de sua casa para os
ensaios do grupo recém-iniciado.
Personalidade
forte e contestadora, comum aos Fontes, não raro apresentava uma atitude conflituosa, porém,
era humilde o suficiente para superar as diferenças em favor de um bem maior: a
relação fraterna necessária para a sobrevivência da banda.
No
ano 2000, por motivo alheio à sua vontade, junto com esposa e filhas,
deixou a Mestre Elísio. Desde então, e muito mais agora, reverenciamos sua história nas bandas de música desta cidade.
À família enlutada nos juntamos neste difícil e imperativo esforço de superar a dor da perda.
Descanse
na Santa Paz do Senhor, Bujão...
sábado, 2 de janeiro de 2021
Maestro Petrúcio Ramos de Souza (1946 - 2021)
SOUZA, Petrúcio Ramos de (Pão de Açúcar - AL, 27/09/1946 - 01/01/2021). Compositor, músico, maestro. Filho de Luiz José dos Santos e Izaura Ramos dos Santos. Estudou no Grupo Escolar Bráulio Cavalcante e Ginásio Dom Antônio Brandão. Teve iniciação musical com o mestre Nozinho, passando a tocar em 1954, quando tinha oito anos de idade, na Filarmônica Guarany de Pão de Açúcar (AL). Tocou: Percussão (1954), saxhorne (1956) e trompete (1957), além de outros. Em 1965, ingressa no 19° Batalhão de Caçadores de Salvador. Já em 01/08/1966, como 3° sargento ingressa na banda de música da Base Aérea de Salvador, assumindo, o comando da corporação musical no período de 1985 a 1996. Foi transferido para a reserva na patente de tenente. Em Salvador, assumiu a coordenação do conjunto musical da TV Itapoan. Fez parte da orquestra do Cassino Tabaris, atuou na Rádio Excelsior. Participou da orquestra do saxofonista Ivanildo dos Santos (saxofone de ouro). Com os irmãos formou orquestra carnavalesca, a Banda Bacana. Em 1988, foi responsável pela revitalização da Filarmônica Guarany, de Pão de Açúcar. Compôs: Benção ao Papa João de Deus e uma coletânea infantil.
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
Resultado Final - Prêmio Funarte de Apoio a Bandas de Música 2020
A Funarte divulga hoje, 25, resultado final do Prêmio Funarte de Apoio a Bandas de Música 2020, após publicação no Diário Oficial da União (DOU) — edição 224, seção 1, p. 78, 24 nov. 2020. Foram contempladas 378 bandas.
Mais informações em:
https://www.funarte.gov.br/edital/edital-premio-de-apoio-a-bandas-de-musica-2020/
terça-feira, 10 de novembro de 2020
Selecionados: Etapa II - Prêmio Funarte de Apoio a Bandas de Música 2020
Publicada hoje, 10, a lista dos selecionados do Prêmio Funarte de Apoio a Bandas de Música 2020. Inicialmente, era prevista a seleção de 158 projetos, porém, a premiação atingiu um pouco mais que o dobro das bandas habilitadas:
"Foram contemplados 373 projetos de um total de 378 projetos inscritos. A Comissão de Seleção e os representantes da Funarte decidiram contemplar a maioria dos projetos, como forma de estímulo, mesmo àqueles que obtiveram pontuação abaixo da média. Os projetos foram analisados considerando os parâmetros e especificidades particulares de cada estado brasileiro."
Das bandas de Alagoas, 11 foram selecionadas — a FME entre elas. Daqui a 2 semanas, o resultado final será publicado no Diário Oficial da União, conforme Cronograma abaixo.
Mais informações em:
https://www.funarte.gov.br/edital/edital-premio-de-apoio-a-bandas-de-musica-2020/
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Habilitados - Prêmio Funarte de Apoio a Bandas de Música 2020
A Fundação Nacional de Artes (Funarte) publica hoje, 25, lista dos projetos habilitados no Edital lançado em janeiro. Dos 598 inscritos, 374 -- entre eles, o da FME -- passaram para a próxima fase em que serão selecionados 158 para o prêmio final.
Mais informações em : https://www.funarte.gov.br/musica/premio-funarte-de-apoio-a-bandas-de-musica-2020-divulgado-o-resultado-dos-projetos-habilitados/
domingo, 23 de agosto de 2020
A entrada de Piranhas - João Tuana
A entrada de Piranhas
Samba-exaltação de João Tuana
Último em Alagoas para quem sobe o São Francisco desde a foz, a cerca de 6 horas, ou primeiro para quem desce, a cidade de Piranhas foi um porto em que confluía toda espécie de gente: mercadores, missionários, retirantes dos períodos de escassez severa, aventureiros, artistas etc.
Nesse porto onde destinos vários se cruzavam, foi construída a Estrada de Ferro Paulo Afonso (EFPA) no final do século 19, a interligar através de mais de 100 km de trilhos as localidades de Piranhas, no estado de Alagoas, e Jatobá, em Pernambuco, vencendo por terra a barreira intransponível da cachoeira de Paulo Afonso, que naturalmente interrompia a navegação do rio, pelo menos parcialmente, até o porto de Piranhas ― daqui à foz a navegação é regular.
Essa posição geográfica fez de Piranhas palco da manifestação de diversos artistas em trânsito, que se deixavam demorar, desfrutando dos ares inspiradores da paisagem e da hospitalidade dos nativos, quando não apenas aguardavam a partida do próximo trem ou embarcação que os levassem ao destino pretendido.
Um desses artistas foi o compositor, violonista, emboladeiro e comediante maceioense José Luiz Rodrigues Calazans ― o Jararaca da dupla com Ratinho, Severino Rangel de Carvalho ―, que aos 19 anos fez teatro em Piranhas e ousou se engraçar com uma das filhas do coronel José Rodrigues de Lima. Mal-sucedido em seu intento, o filho do poeta maceioense Ernesto Alves Rodrigues migrou então para Recife, onde conheceu o paraibano (de Itabaiana) Severino Rangel de Carvalho. Ambos integraram o regional Turunas Pernambucanos. Dessa participação no grupo, adotaram nomes de bichos, cabendo Jararaca ao alagoano José Luiz e Ratinho ao paraibano Severino.
Jararaca foi amigo do mestre Nemésio Teixeira e chegou a visitá-lo anos mais tarde quando junto com Ratinho gozava de grande popularidade nacional.
Outro artista em trânsito foi o mato-grossense João Tuana. Compositor hoje esquecido, deixou-nos um presente: o samba-exaltação A entrada de Piranhas. De sua origem indígena e a época da passagem pela cidade, década de 1940, já fomos devidamente informados pela escritora piranhense, poeta, compositora e memorialista, acadêmica da AAL, Rosiane Rodrigues[1] que obviamente as recolheu da tradição oral.
Assim como vários outros compositores residentes ou em trânsito que fizeram questão de registrar musicalmente o momento, João Tuana nos deixou um samba em que revela suas impressões da paisagem ao avistar a cidade encravada no vale do São Francisco.
Se a leitura apenas do título A entrada de Piranhas levantasse dúvida quanto a que entrada ele se refere, se à fluvial, em direção ao poente, ou, contrariamente, à terrestre, a disposição das primeiras imagens nos versos resolvem a questão, pois só a quem chega pelo rio ressalta aos olhos dessa maneira particular os monumentos naturais sobre os quais se instalam alguns marcos, como o cruzeiro (“tem uma pedra e uma cruz”), a capela no sopé do monte à memória de uma trágica história de amor (“Do lado esquerdo, uma capela / de uma pobre donzela” assassinada), e o Mirante (“Do lado direito, distante / se avista um lindo mirante / o século do sonhador”), estrutura piramidal em 5 camadas criada no alto do morro no fim do século 19 para saudar o século 20.
Como a capela fica precisamente na margem direita do São Francisco (estado de Sergipe) e o Mirante na margem esquerda (estado de Alagoas), percebe-se que o compositor tem uma visão panorâmica de quem sobe o rio, cerca de 2 km do porto, para quem o sentido de direção contraria a correnteza.
Mais perto, vê-se a imponente estação ferroviária (“No porto se vê a Estação / ponto de locomoção / é um prédio de valor”), mais bela construção pertencente ao complexo ferroviário criado há 140 anos.
No morro seguinte há a pequena capela de Nosso Senhor do Bonfim (“No alto, a igrejinha / embaixo, a cidadezinha / presépio do Redentor”).
É comum tratar Piranhas por “cidade lapinha”, em alusão ao presépio das festas de Natal e Reis, devido a sua conformação geográfica de povoação que teve de se acomodar às serras tal qual certo presépio estilizado onde os personagens principais são emoldurados numa minúscula paisagem medieval serrana.
Claro que aos pioneiros não ocorria essa noção. Convenientemente se instalaram numa faixa de terra entre a montanha e o rio que lhes possibilitava a criação de animais, produção de alimentos e o tráfego. Posteriormente, com o crescimento da população provocando a ocupação do morro, a paisagem inspirou algum nativo ou viajante com sensibilidade suficiente para fazer associações geográficas, estabelecendo subjetivamente elos paisagísticos, a cunhar termos como “cidade lapinha do São Francisco”.
De qualquer forma, João Tuana foi mais feliz em sua passagem do que um certo compositor, músico clarinetista carioca, momentaneamente contrariado pelo excesso de bebida a que se entregou no bar de Pedro Chico, pelo que foi detido. Deste nem o nome foi preservado, apenas a resenha no anedotário local.
Mestre Nemésio Teixeira, chefe das oficinas da rede ferroviária, acumulou nessa época o cargo de delegado. Com o depoimento do forasteiro que se declarou também músico, o maestro-delegado provocou-o a provar suas qualificações e, entregando-lhe um clarinete, ouviu bela valsa que lhe desarmou de qualquer espírito revanchista, libertando o infortunado colega.
A transcrição do samba A entrada de Piranhas de João Tuana foi feita recentemente do registro de voz da professora Ivanilde Fernandes, enviado por meio eletrônico ao também professor Paulo Jr., aos quais somos gratos.