quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
II Encontro de Bandas do Alto Sertão - Galeria
Mais uma vez tivemos a sempre grata satisfação de participar desse momento único de realização musical e confraternização entre as filarmônicas do alto sertão alagoano. Agradecemos ao público que nos prestigiou e a todos que participaram e contribuíram para que mais esse evento tenha se concretizado, em especial aos maestros Willamy Franciel (Filarmônica Mestre Elísio, Piranhas/AL), Valério Amaral (Filarmônica Santa Cecília, Água Branca/AL) e Ednaldo Bacalhau (Filarmônica Tenente José Nicácio de Souza, Delmiro Gouveia/AL) mais o diretor do conservatório Laércio Ferreira e ainda ao representante da FEBAMFAL Carlos Fidélis (responsável pelas imagens e vídeos aqui exibidos). Obrigado a todos!
domingo, 22 de janeiro de 2017
II Encontro de Bandas do Alto Sertão
No dia 28 de janeiro as bandas das cidades de Delmiro Gouveia (Filarmônica Tenente Nicácio) e Água Branca (Filarmônica Santa Cecília) se apresentarão em Piranhas por ocasião das comemorações alusivas à padroeira da cidade. A filarmônica anfitriã (F. Mestre Elísio) também estará na programação que ocorrerá a partir das 21h30min, após a novena, na Esplanada do Recinto — Centro Histórico.
No repertório, além das peças tradicionais, teremos MPB e música regional.
Esse evento confraternizante realizado pelas três bandas do sertão alagoano teve sua primeira realização na cidade de Delmiro Gouveia, em outubro de 2015. Idealizado pelo maestro Bacalhau, terá segunda edição este ano na cidade de Piranhas.
Abaixo, breve histórico das bandas:
No repertório, além das peças tradicionais, teremos MPB e música regional.
Esse evento confraternizante realizado pelas três bandas do sertão alagoano teve sua primeira realização na cidade de Delmiro Gouveia, em outubro de 2015. Idealizado pelo maestro Bacalhau, terá segunda edição este ano na cidade de Piranhas.
Abaixo, breve histórico das bandas:
Filarmônica Santa Cecília (1922)
Maestro: Valério Amaral
Composição: 32 músicos
Hoje com 94 anos de existência, a Filarmônica Santa Cecília foi fundada em 22 de novembro de 1922 na cidade de Água Branca. Seus maestros fundadores foram: José Emiliano Vieira Sandes, Manoel Dias e Alexandre Torres. Posteriormente, atuaram os maestros José Caixeiro, Miguel Baião, José Marques Correia (o Zé Gonzaga), José Francisco Silva (mestre Zequinha), Expedito Aguiar e Walmir Fonseca de Souza. Atualmente composta por 32 músicos, tem como maestro o senhor Valério Amaral.
Filarmônica Mestre Elísio (1989)
Maestro: Willamy Franciel
Composição: 37 músicos
Em fevereiro de 1989 foi criada a Escola de Música Mestre Elísio. Seu nome é uma homenagem ao maestro pernambucano Elísio José de Souza (*1911+1978) que teve atuação marcante na cidade de Piranhas entre os anos de 1950 e 1960.
Mestre Bubu (Afrânio Menezes Silva), pão-de-açucarense discípulo do grande mestre Nozinho (Manoel Vitorino Filho — *1895+1960) foi o encarregado de capacitar os alunos e reunir veteranos solidários para estrear a banda no dia 7 de setembro de 1989. Com o falecimento de Bubu, em dezembro de 1991, mais um ex-aluno do grande mestre sertanejo assumiu a banda piranhense: o subtenente reformado da polícia militar de Sergipe Cícero Francisco de Brito (maestro Cafau — *1938+2009). Entre os anos de 1997 e 1998, a Banda de Música Mestre Elísio foi comandada por outro músico pão-de-açucarense: mestre Damião Ferreira Lima. Após mais um período com o maestro Cafau, em 2009 a banda passa a se chamar Filarmônica Mestre Elísio e é dirigida pelo maestro Cícero Campos (*1974), filho de Cafau. Desde dezembro de 2013 é regida pelo maestro Willamy Franciel "Leléo" (*1988), prata da casa, alçado das fileiras.
Filarmônica Tenente José Nicácio de Souza (2012)
Maestro: Ednaldo Alves do Nascimento (Bacalhau)
Composição: 35 músicos
Os trabalhos de banda de música em Delmiro Gouveia tiveram início com o pioneiro Delmiro Augusto da Cruz Gouveia no ano de 1915, onde ele criou a banda de música da Cia. Agro Fabril Mercantil. Nesse período, a banda teve como maestros: João Ribeiro, mestre Elísio de Souza, Expedito e o tenente José Nicácio de Souza (ex-regente da polícia militar de Alagoas) que desenvolveu um excelente trabalho em Delmiro Gouveia – tanto que a banda de música hoje leva o seu nome. Infelizmente, passou um tempo desativada e voltou a atuar em meados dos anos 2000 sob a regência do eterno e saudoso Walmir Fonseca de Souza que teve como sucessor Ednaldo Alves do Nascimento (maestro Bacalhau); este começou sua gestão em 17 de setembro de 2012 até os dias atuais.
Os trabalhos de banda de música em Delmiro Gouveia tiveram início com o pioneiro Delmiro Augusto da Cruz Gouveia no ano de 1915, onde ele criou a banda de música da Cia. Agro Fabril Mercantil. Nesse período, a banda teve como maestros: João Ribeiro, mestre Elísio de Souza, Expedito e o tenente José Nicácio de Souza (ex-regente da polícia militar de Alagoas) que desenvolveu um excelente trabalho em Delmiro Gouveia – tanto que a banda de música hoje leva o seu nome. Infelizmente, passou um tempo desativada e voltou a atuar em meados dos anos 2000 sob a regência do eterno e saudoso Walmir Fonseca de Souza que teve como sucessor Ednaldo Alves do Nascimento (maestro Bacalhau); este começou sua gestão em 17 de setembro de 2012 até os dias atuais.
Links:
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Atividades Jan./17
11/01/2017
Labels:
Conservatório Municipal Cacilda Damasceno Freitas,
Filarmônica Mestre Elísio,
Orquestra de Frevo Maestro Cafau,
Piranhas-AL
Local:Piranhas/AL
Piranhas, AL, Brasil
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Concerto - Projeto Bandas SESC/AL 2016
"Verdadeira Maravilha o que o SESC nos presenteou com este projeto
magnífico com as Filarmônicas Meste Elísio (PIRANHAS), Santa Cecília (ÁGUA BRANCA), Aconchego e Santa Cecília (ambas de MARECHAL DEODORO).
Que venham outros projetos para mostrarmos que a nossa CULTURA resiste." (Laércio Ferreira, via Facebook)
Maceió-AL, 17/12/2016
Mais informações: https://tribunadosertao.com.br/noticias/2016/12/06/41123-grande-concerto-de-filarmonicas-encerra-curso-de-musica-sesc-2016
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Convite
GRANDE CONCERTO DE FILARMÔNICAS ENCERRA CURSO DE MÚSICA SESC 2016
Postado em 06 de dezembro de 2016
Do SESC/AL:
Concerto Especial de Encerramento
Cursos de Música do Sesc - Bandas Filarmônicas
Data: 17/12/16
Horário: 19h
Local: Teatro Deodoro
Entrada franca!
Postado em 06 de dezembro de 2016
Do SESC/AL:
A Coordenação de Cultura (Carc) do Sesc convida para a apresentação musical de encerramento dos Cursos de Música 2016 com bandas filarmônica. Apresentação acontecerá no sábado (17), às 19h, no Teatro Deodoro e a entrada é franca!
Nos últimos três meses, o projeto passou pelas cidades de Água Branca, Piranhas e Marechal Deodoro. O resultado desse processo poderá ser visto na apresentação dos alunos das filarmônicas Santa Cecília (Água Branca), Mestre Elísio (Piranhas) e, das deodorenses, Banda Nossa Senhora de Boa Viagem, Sociedade Musical Filarmônica Santa Cecília, Sociedade Musical Profº Manoel Alves de França e do Projeto Aconchego.
Participam do concerto dois grupos convidados: o Quarteto de Saxofones TecSax e o Quarteto de Clarinetes Manguaba.
Os Cursos de Música do Sesc são atividades sistemáticas iniciadas em 1998 e tem como proposta oferecer a nossa clientela e o público em geral, iniciação e desenvolvimento em música por meio do oferecimento de diversos cursos na área.
Concerto Especial de Encerramento
Cursos de Música do Sesc - Bandas Filarmônicas
Data: 17/12/16
Horário: 19h
Local: Teatro Deodoro
Entrada franca!
sábado, 22 de outubro de 2016
Nota de agradecimento
Ontem, sexta-feira, 21 de outubro, tivemos a grata satisfação de vivenciar um concerto memorável da Filarmônica Mestre Elísio. Promovido pelo Serviço Social do Comércio (SESC/AL) que durante a semana realizou em Piranhas oficinas de capacitação e aprimoramento técnico com músicos piranhenses e de cidades circunvizinhas, o concerto de conclusão de curso entra para a história da banda municipal.
Inicialmente fomos agraciados com a apresentação do Grupo Musical Armorial de Piranhas (GMAP), criado pelo inesquecível Egildo Vieira em agosto de 2010. Três peças de autoria de Egildo foram executadas: Forró, Solo da Terra e Romance e Galope.
Após, sob a regência de nosso maestro Willamy Franciel, ouvimos o belíssimo dobrado Silvio Romero de autoria do Zé Machado.
Em seguida, o maestro Felipe Teixeira rege a filarmônica nas obras trabalhadas durante a semana: Ouro Negro (dobrado) e Estrela de Friburgo (polca) obras do grande Joaquim Naegele — solo de Jorge Trompete; Fantaisie pour Saxophone Alto (Jules Demersseman/Arr. Josef Hastreiter) — solo de Kleber Dessoles; e, para encerrar, Suite Pernambucana de Bolso do genial José Ursicino da Silva/Duda.
Falta-nos palavra para descrever tamanha satisfação. Em vários momentos a audiência aplaudiu de pé. Agradecemos a cada um que se dispôs a prestigiar este evento. Agradecemos especialmente ao SESC/AL na pessoa de Júlio César (analista em música) pela realização desse curso e a todos os professores envolvidos: Jose Luan Veiga (arranjo e coordenação pedagógica), Felipe Teixeira (regência), Kleber Dessoles (madeiras), Jorge Trompete (metais I), Ronald Ferreira (metais II), Antônio Falcão (percussão) e Elizaubo Wandemberguer (luteria). Agradecemos também a diretora de cultura Jaqueline Rodrigues.
Dias 17 a 19 de novembro a Filarmônica Mestre Elísio participará, no contexto das atividades do SESC, da VII Jornada Pedagógica para Músicos de Banda* realizada pela UFAL e parceiros.
Inicialmente fomos agraciados com a apresentação do Grupo Musical Armorial de Piranhas (GMAP), criado pelo inesquecível Egildo Vieira em agosto de 2010. Três peças de autoria de Egildo foram executadas: Forró, Solo da Terra e Romance e Galope.
Após, sob a regência de nosso maestro Willamy Franciel, ouvimos o belíssimo dobrado Silvio Romero de autoria do Zé Machado.
Em seguida, o maestro Felipe Teixeira rege a filarmônica nas obras trabalhadas durante a semana: Ouro Negro (dobrado) e Estrela de Friburgo (polca) obras do grande Joaquim Naegele — solo de Jorge Trompete; Fantaisie pour Saxophone Alto (Jules Demersseman/Arr. Josef Hastreiter) — solo de Kleber Dessoles; e, para encerrar, Suite Pernambucana de Bolso do genial José Ursicino da Silva/Duda.
Falta-nos palavra para descrever tamanha satisfação. Em vários momentos a audiência aplaudiu de pé. Agradecemos a cada um que se dispôs a prestigiar este evento. Agradecemos especialmente ao SESC/AL na pessoa de Júlio César (analista em música) pela realização desse curso e a todos os professores envolvidos: Jose Luan Veiga (arranjo e coordenação pedagógica), Felipe Teixeira (regência), Kleber Dessoles (madeiras), Jorge Trompete (metais I), Ronald Ferreira (metais II), Antônio Falcão (percussão) e Elizaubo Wandemberguer (luteria). Agradecemos também a diretora de cultura Jaqueline Rodrigues.
Dias 17 a 19 de novembro a Filarmônica Mestre Elísio participará, no contexto das atividades do SESC, da VII Jornada Pedagógica para Músicos de Banda* realizada pela UFAL e parceiros.
Obrigado SESC, Júlio, Luan, Felipe, Kleber, Jorge, Rony, Antônio e Elizaubo; obrigado aos músicos da Mestre Elísio e solidários participantes de Delmiro Gouveia, Olho d'Água do Casado e Água Branca pelo espetacular concerto.
*Participação cancelada
terça-feira, 4 de outubro de 2016
Comunicado
Comunicamos aos músicos do município e cidades circunvizinhas que nos dias 17 a 21 de outubro/16 serão realizadas na cidade de Piranhas oficinas do Projeto Bandas de Música do Serviço Social do Comércio (SESC/AL).
As atividades para os músicos da Filarmônica Mestre Elísio serão extensíveis aos músicos "instrumentistas de sopro e percussão" da região. Os interessados deverão preencher formulário de inscrição e fornecer cópias de RG, CPF e comprovante de residência até o dia 14/10 (8h às 12h — 14h às 16h).
Com a coordenação de Júlio César (analista em música do Sesc/AL), estes são os mestres que ministrarão as oficinas:
- Maestro Felipe Teixeira (Regência)
- J. Luan Veiga (Arranjo)
- Kleber Dessoles (Madeiras: flauta, clarinete e saxofones)
- Jorge Trompete (Metais I: trompete e trompa)
- Rony Ferreira (Metais II: trombone, bombardino e tuba)
- Antonio Falcão (Percussão)
- Elizaubo Wandemberguer (Lutheria)
As atividades (teóricas, no período da manhã, e práticas, às tardes) serão realizadas na Sede da Filarmônica Mestre Elísio (Conservatório Municipal, Avenida Antônio Rodrigues Pereira s/n, Centro Histórico) e no Auditório Miguel Arcanjo de Medeiros (Esplanada do Recinto).
Concluído o curso, no dia 21 ainda haverá apresentação da filarmônica com os mestres no Centro Histórico.
Posteriormente, dias 17 a 19 de novembro na cidade de Marechal Deodoro, participaremos da VII Jornada Pedagógica para Músicos de Banda*, promovida pela Universidade Federal de Alagoas, Federação de Bandas de Música e Fanfarras/AL e SESC.
*Participação cancelada.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
GMAP (Grupo Musical Armorial de Piranhas) – Origens
Revisto e atualizado em 23/Jul/2019
Egildo Vieira e o GMAP
Maceió (2013) |
Convidado para atuar como “coordenador de cultura”
da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Cidade de Piranhas/AL no ano
de 2009, Egildo Vieira, renomado músico piranhense, observou durante meses os integrantes
da Filarmônica Mestre Elísio na intenção de encontrar entre eles potenciais
talentos para a implantação de projetos musicais como, por exemplo, uma
orquestra armorial.
Constituída essencialmente por instrumentos de corda,
percussão e pífanos, essa orquestra armorial na cidade de Piranhas com músicos
piranhenses seria para ele a realização de um sonho. Aliás, define sua música
armorial como música nordestina com um tratamento erudito. Exemplos bem
significativos deste conceito são as peças Dança da Noite,
Romance e Galope e Lamento do São Francisco.
Como luthier, realizou oficinas de confecção
artesanal (e iniciação musical à técnica) de pífanos em junho desse ano. Antes,
como “agitador cultural”, viabilizou (com repertório próprio e os saxofones,
trompetes, trombones e percussão da Filarmônica) a criação do bloco
carnavalesco Cheiro de Saudade. Promovido pela Prefeitura Municipal, o Bloco
Cheiro de Saudade fez vários ensaios públicos, tanto no bar A Fornalha quanto no
CSEP (Clube Social e Esportivo Piranhense). A saída do Cheiro de Saudade foi no sábado
de zé-pereira em 2009 e bisadas até
2012.
As oficinas de pífano, cavaquinho e pandeiro foram um
sucesso. Revelaram talentos que precipitariam a criação do grupo armorial um
ano e meio depois.
Trazidos para o Conservatório Municipal – inaugurado em 18 de outubro no antigo prédio da Cadeia Pública,
recentemente reconstruído –, seus instrumentos exóticos logo chamaram a atenção. Ariano, Cabaixo, Violão Basso, Pirrabecaço,
Marimpífano, Cano-cegonha, além de uma infinidade de pífanos de vários tamanhos
e afinação despertaram a curiosidade de muitos. Todos eles da lavra de Egildo
Vieira que lhes conferia versatilidade musical e valor artístico.
(...)
Na primeira semana de agosto de 2010 Egildo nos
disse que a reitoria da UFAL tinha lhe convidado para se apresentar na aula
inaugural do Campus Delmiro
Gouveia. Sem ainda estar certo de reunir um Regional para acompanhá-lo na
apresentação, pensou então mobilizar aqueles músicos iniciados nos seus
instrumentos e repertório – a saber: Romário (cabaixo) e Roniel (flauta e
pífano), Giso (trombone) e Flávio (trompete), a estes se uniriam dois ou três
percussionistas da Filarmônica Mestre Elísio – e projetar algo, para aquele
evento específico, que fosse musicalmente original, por oposição à “manjada” formação
do regional popular.
Definidos os músicos, esboçou rapidamente o arranjo
para a sua música Cavalo de Flecha –
essencialmente percussiva – tendo o ariano, sob sua condução, como solista. A
segunda música (No Balanço da Cana)
logo se realizou com o duo de metais introduzindo e Egildo no violão e
cantando. Na terceira (o xote Escovando
Caranguejo) o duo de flautas seguia acompanhado pelo duo de metais que ora
trabalhava na base harmônica, ora sucedia como solista. Para encerrar, Egildo
apresentaria o marimpífano com toda a sua versatilidade percussiva e melódica;
o trompete introduzia a Coco na Bahia seguido pelos pífanos em uníssono e os
metais em resposta.
Compúnhamos o Grupo naquele momento: Laércio Ferreira e Ronildo Silveira (percussão), Romário Monteiro (cabaixo), Gisfle Fernando (trombone), Flávio Ventura (copista/trompete) e Paulo Roniel (flauta e pífano).
Compúnhamos o Grupo naquele momento: Laércio Ferreira e Ronildo Silveira (percussão), Romário Monteiro (cabaixo), Gisfle Fernando (trombone), Flávio Ventura (copista/trompete) e Paulo Roniel (flauta e pífano).
Chegado o dia do evento – segunda-feira, dia 9 de
agosto – nos dirigimos a Delmiro Gouveia, alguns um tanto ansiosos por não
imaginarmos como seria a recepção da plateia àquele conjunto musical sui generis. No entanto, quem nos
conduzia era Egildo Vieira. Sua autoconfiança inabalável de profissional
calejado contagiaria a todos nós no momento em que os acordes iniciais do
Armorial soassem.
Apesar de uma contrariação momentânea – um carro
bateu em nossa van numa avenida movimentada de Delmiro –, não nos atrasamos. No
momento oportuno a apresentação foi iniciada e ocorreu na mais completa
tranquilidade, e por ser tranquila não quer dizer que não tivesse vigor, muito
pelo contrário chegou a causar frisson naqueles não iniciados na estética
armorial. Ao final, a Coco na Bahia coroou o episódio; seu swing irresistível –
com Egildo no marimpífano – levantou, literalmente, a plateia.
Assim, nasceu o Grupo Musical Armorial de Piranhas (GMAP) que naquele momento foi apresentado com o nome provisório de “Tabocas e Cabaças”.
Assim, nasceu o Grupo Musical Armorial de Piranhas (GMAP) que naquele momento foi apresentado com o nome provisório de “Tabocas e Cabaças”.
Por causa dessa apresentação inaugural, o grupo foi
convidado para a solenidade na UFAL em Maceió que laureou o grande escritor Ariano Suassuna (idealizador do movimento armorial) com o título de doutor honoris causa, no dia 24 de agosto. Esse evento se deu no Museu
Théo Brandão e o Conjunto (ampliado com a participação de mais um
percussionista da Filarmônica, Dalvo Lima, e o violonista José Cícero da Silva)
se apresentou com seu nome definitivo: GMAP. Na entrada de Ariano Suassuna, tocamos
o Romance da Bela Infanta (obra de domínio público que Egildo disse lhe
fora transmitida pelo próprio Ariano); entre uma e outra fala, Romance e
Galope e, ao final, Coco na Bahia – obras de Egildo Vieira.
Ariano Suassuna se referiu favoravelmente a nossa
apresentação, inclusive por atestar a qualidade intrínseca e o valor permanente
da música que Egildo Vieira produzia, principalmente quando comparada ao
sucesso “artificial” e “descartável” de certa banda famosa naqueles dias que
fora objeto de estudo em artigo publicado na Folha de São Paulo. Ariano ficou perplexo ao ler o artigo. “Com
que adjetivo posso me referir a Beethoven agora depois que alguém ousou chamar
Chimbinha de gênio? ” – expressou-se, indignado.
Graças ao nome de
Egildo Vieira, o GMAP se tornou um patrimônio da cultura piranhense, tendo se apresentado nos principais centros culturais alagoanos: Maceió, Marechal Deodoro e Penedo. Em 2011,
apresentou-se na Fundação Joaquim Nabuco, em Recife. No ano seguinte, mais três
músicos da Filarmônica Mestre Elísio foram integrados. Daniel Santos (trompete)
e Farney Gomes (flauta e pífano) substituíram, respectivamente, a mim (Flávio)
e a Roniel; e Marcelo Caldeira, percussionista, foi também admitido ao elenco.
Mais recentemente Maciel (trompete), Rui (percussão), Jadeilton (flauta/pífano)
e Clerisvaldo (violão) integram o grupo – estes dois últimos faziam parte do
Gmapinho, extensão infanto-juvenil do Armorial.
Em dezembro de 2013, gravou com o renomado artista alagoano Eliezer Setton o clip Alagoas Minha Gente, Alagoas Meu Lugar para o Governo do Estado.
Comentar sobre o Grupo Armorial, sua criação e
desenvolvimento, no contexto das atividades da Filarmônica Mestre Elísio, desde
outubro de 2009, é relevante tendo em vista que no ano de sua criação (2010) todos os integrantes, com
exceção do violonista Cícero, eram da Filarmônica Mestre Elísio. Mesmo
Egildo, que não a integrou, fez parte de toda a história da Filarmônica porque
influenciou na criação da Escola de Música Mestre Elísio, em 1989; inclusive,
enviando material didático de apoio, quando ainda residia em Recife. Não só
isso, ao mesmo tempo em que é* (junto com Bujão/Augusto José Neto, João Gilberto
Cordeiro Folha, Joãozinho Batista, Divacy Pereira, Dorinho/Isidoro Cordeiro, Zé
Norberto “Boca Rica”, Norberto Barbosa, entre outros) a história viva da Banda
de Música do mestre Elísio, no período 1958/62, nele (Egildo Vieira) toda a
tradição converge.
GMAP em Penedo/AL (2011)
*Texto originalmente escrito em julho de 2013
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Mestre Bubu
1989 à 1991
Mestre Bubu - Fevereiro de 1991 |
Seu primeiro maestro foi Afrânio Menezes Silva[1]
(ou mestre Bubu, como era comumente conhecido).
Natural de Pão de Açúcar, cidade pródiga na
produção de músicos talentosos, Bubu iniciou as aulas em maio daquele ano. A
Escola de Música era no Centro Social e Esportivo Piranhense (CSEP),
precisamente onde hoje (2013) se instala o Auditório Miguel Arcanjo de
Medeiros. As aulas de iniciação ocorriam a partir de 8 horas e se estendiam por
toda a manhã. As primeiras inscrições eram feitas no prédio da prefeitura.
Setenta e oito alunos se matricularam. Em sua maioria crianças, as quais se
juntaram um número expressivo de jovens (homens e mulheres já “adiantados” em
idade) também animados com a novidade que se lhes foi apresentada: a formação
da Banda de Música.
No tempo oportuno, quando a Escola de Música começou
a revelar seus primeiros talentos, os aprendizes músicos mais adiantados
estudavam dobrados, que é o tipo de música mais comum nas bandas
interioranas.
A primeira apresentação da Banda foi no dia 7 de
setembro daquele ano. Apesar do pouco tempo empregado para viabilizar a
formação de uma banda, o compromisso firmado pelo maestro de fazer a Banda
atuar ainda naquele primeiro ano era imperativo: devia-se apresentar. Para esse
primeiro evento compunham a Banda: Zilvan e Jaime (clarinetas); Jorge e Zé
Carlos (trompetes); Bujão (bombardino) e “Seu” Elias Balaio (trombone); estes dois últimos, remanescentes da antiga
banda do mestre Elísio no período 1958/62. Além deles, se juntavam ao grupo: Zé
Broinha – trompetista renomado – e Damião, trombonista instrutor de fanfarras;
e os percussionistas convocados (da Fanfarra da Escola Cenecista Coronel José
Rodrigues): Negão, Iara e Evaldo (caixa); mais os veteranos Tonho de Inês
(bombo) e Natalício (surdo).
Após essa primeira apresentação outros talentos
iniciados ou convocados por Bubu se revelaram ao longo dos meses seguintes e
foram devidamente integrados à Banda.
Belo (tuba) e Robinho Teixeira
(clarinete/sax-alto); Flavinho (pistom) e Cristóvão (pistom); Mô/Ivanise
(trombone) e Fia/Maria José Galdino (trompa); Tilo/Maria de Fátima Capela (pistom)
e sua irmã Bel/Isabel Capela Bezerra (arquivista); Karine (pistom) e Ana
(surdo), ambas as filhas de Fá e Bujão; Cri (aos seis anos de idade, prodígio
na caixa-tarol) irmão dos trompetistas Jorge e Zé Carlos, filhos de Elias Balaio; Pepê/Jackson da Silva (tarol),
Tiquinho/Francisco Fernandes Guerra (arquivista/pratos), entre outros, vieram a
fazer parte da Banda de Música Mestre Elísio (BMME) dos primeiros anos.
Fevereiro de 1991 |
A Banda tocava principalmente dobrados.
Quando as festividades eram religiosas, ao repertório eram acrescentados hinos.
Depois passou a se apresentar nas datas cívicas – emancipação política do
Município no dia 3 de junho, etc. – além de outras atividades da comunidade. A
principal dessas festas era a da Padroeira que se dá em fins de janeiro ao dia
2 de fevereiro quando músicos de outras cidades eram convidados para “reforçar”
a Banda. Como os de Petrolândia: Miguel, Jardiel e Seu Tico (trompetistas); Etinho (trombonista); e Divacy (saxofone
tenor) – natural de Piranhas e “sobrevivente” da banda do mestre Elísio, mas
radicado há muito em Petrolândia; mais os já citados Brandão e Damião, naturais
de Pão de Açúcar e residentes em Piranhas. Possivelmente outros músicos de Pão
de Açúcar, de onde viera o maestro, sem que se possa nominá-los com segurança.
É preciso registrar que Zé Broinha (José Brandão de
Souza), grande trompetista, era figura quase onipresente nas principais festas
religiosas da cidade. Tocando na Igreja de Nossa Senhora da Saúde regularmente,
impressionava a todos os iniciados da Banda pela expressividade altamente
pessoal de seus acompanhamentos. Foi
grande inspirador daquela geração. Pelo menos para os trompetistas ele era referência
e modelo.
A sede da Banda foi inaugurada no dia 4 de
fevereiro de 1990 na Praça Padre Cícero, no Cabrobó – parte do Centro Histórico
nas imediações da Prefeitura que abrange a Rua José Nunes Araújo em direção à
subida da ladeira até a entrada do Sacão*
e o Alto do Cemitério, em Piranhas de Cima.
Ao longo de sua história, a BMME[2]
teve várias sedes, todas provisórias, segundo a disponibilidade dos imóveis da
prefeitura na sucessão de seus diversos governos, tendo encontrado sua sede
definitiva no dia 18 de outubro de 2009 nas dependências do Conservatório Municipal
de Música Cacilda Damasceno Freitas, recém fundado.
Do Centro Social e Esportivo Piranhense (CSEP) à
Praça Padre Cícero; depois a uma das salas da Escola Estadual Manoel Porfírio
de Brito, na Praça Dr. Itabira de Brito; à antiga Estação Ferroviária, onde
hoje se instala a Biblioteca Pública; à casa onde abrigou a Delegacia, na Rua
Tiradentes (ou Rua do Cartório); ao CSEP outra vez; numa casa entre a Oficina
(Centro de Artesanatos) e o prédio do IPHAN; no segundo pavimento da Estação
Ferroviária, hoje Secretaria de Cultura e Turismo; ao casarão central da Rua do
Comércio; e, finalmente, 20 anos depois, no prédio da antiga Cadeia Pública,
reconstruído em 2009 para abrigar o Conservatório.
...Um momento histórico para a Banda de Música Mestre
Elísio sob a batuta do mestre Bubu foi uma apresentação no dia 13 de junho de 1991,
ocasião em que o Presidente da República Fernando Collor de Melo viera às obras
da Usina Hidrelétrica de Xingó para a solenidade oficial em que o curso do Rio
São Francisco seria mudado. Nesse dia, uma missa em ação de graças foi realizada
no povoado Piau, distrito de Piranhas, que contou com a presença do Presidente
e autoridades diversas (federais, estaduais e municipais) na modesta – porém,
não desimportante – Igreja do Senhor do Bonfim.
A imprensa cobriu intensamente esse evento, o que fez com que naquele
dia os olhos do Brasil se voltassem para a Lapinha
do Sertão[3]; e a
BMME no máximo se contentou em ser mais uma figurante como tantos outros que
figuravam naquele dia caloroso (em todos os sentidos). Por falar nisso, Bujão
(Augusto José Neto) relembra que a Banda ensaiou dias a fio o Hino Nacional
Brasileiro para tocar naquela cerimônia, mas, no momento oportuno, foi impedida
de tocá-lo, advertida pelo cerimonial de que somente as Bandas do Exército e da
Marinha poderiam fazê-lo. Contentamo-nos, assim, em tocar nosso “humilde”
repertório básico.
Nesse mesmo ano (1991), em dezembro, veio a falecer
o mestre Bubu (Afrânio Menezes Silva). Antes, em maio, Seu Elias Balaio
tinha sido vítima de um acidente fatal de automóvel.
Após três anos de trabalho à frente da Banda de
Música Mestre Elísio, Bubu se despede da vida no dia 8 de dezembro. A BMME, no
dia seguinte (segunda-feira), vai ao sepultamento do seu maestro. Todos os
músicos em Pão de Açúcar se solidarizam e tocam no cortejo fúnebre até o
Cemitério Municipal. No momento final é tocado o dobrado Saudades de Minha Terra. Apesar da comoção, havia um clima de confraternização
musical jamais visto pelos músicos da jovem Banda de Música Mestre Elísio,
então com dois anos de idade. Mestre Bubu plantara uma semente musical que
germinando, cresceu e deu frutos para colhê-los aquele que veio consolidar a
Banda: Cícero Francisco de Brito – o Maestro Cafau.
[1] Segundo Seu Aroldo, o
irmão mais velho, Bubu começou a estudar música e tocar com dez ou doze anos –
entre 1946 e 1948. No início, mestre Nozinho o levava junto com outros iniciados
para tocar em Belém, Caiçara e Ilha de São Pedro. Bubu era um hábil
contrabaixista. Naquele tempo, os músicos de Pão de Açúcar quando vinham para a
festa da padroeira em Piranhas, começavam a tocar ainda na embarcação, quando
avistavam de longe os monumentos característicos da cidade: “a Igrejinha, o
Mirante, a Estação” – tal como descrito pela doutora Rosiane no Hino de
Piranhas. Diz-se que era a melhor banda de música do Baixo São Francisco.
Conforme o testemunho de Bujão, os músicos do mestre Nozinho eram práticos em
outros ofícios. Bubu e Zé Broinha, por exemplo, eram alfaiates; Cafau,
sapateiro.
[2] Banda de Música Mestre
Elísio.
[3] Lapinha do Sertão é o nome
pelo qual a cidade de Piranhas é também conhecida. Esse nome deve-se ao fato de a cidade estar
localizada entre serras, assemelhando-se a um presépio estilizado. Alguém teria
notado tal semelhança e deu o nome de “lapinha” que passou para a posteridade.
quarta-feira, 8 de junho de 2016
Egildo Vieira – Mestre armorial no sertão de Alagoas
O músico multi-instrumentista e compositor Egildo Vieira do Nascimento nasceu na cidade de Piranhas/AL em 20 de julho de 1947. Sua iniciação musical se deu a partir dos cinco anos de idade com o mestre Nemézio Teixeira. Mais tarde passou a integrar a banda de música do mestre Elísio José de Souza. Paralelamente, junto com os amigos e colegas conterrâneos Rosiane Rodrigues (sanfona) e João Gilberto Cordeiro Folha (trombone), criou na década de 1960 um grupo de iê-iê-iê chamado The Boys Life. Tocava clarinete e saxofone.
Em
meados da década de 1960, vai concluir os estudos regulares no Colégio
Diocesano de Penedo/AL e, posteriormente, no Liceu Estadual, em Maceió.
No final da década, já
estabelecido em Maceió, integra o grupo LSD (Luz Som Dimensão)
em que também figuravam o cantor Djavan, em início
de carreira, e o baterista Beto Batera (falecido em 2010); este viria nas décadas de 1970 e 80 tocar com Roberto Carlos, Moacir Franco e Waldik Soriano, entre outros. Beto é irmão
mais velho do hoje renomado baterista alagoano Carlos Balla. O LSD tocava em
praças, clubes, praias, palanques, até igrejas, geralmente interpretando os Beatles.
Antes
de alcançar renome nacional, Egildo Vieira integrou orquestras de
baile, como a do Iate Clube Pajuçara, em Maceió.
No início da década de 1970, integrando o GAPEMA
(Grupo Artístico de Pesquisas Musicais de Alagoas), participa do
Festival de Música de Goiânia/GO.
Ariano Suassuna, que procurava um flautista para integrar seu grupo de música
armorial, ao ter conhecimento de sua bem sucedida atuação
através de jornal alagoano, convida-o para integrar o Quinteto Armorial.
Com
o Quinteto Armorial percorreu todo o Brasil. Na época de lançamento do primeiro disco (Do Romance ao Galope Nordestino, 1974) o grupo foi recebido com entusiasmo pelo crítico José Ramos Tinhorão em artigo do Jornal do Brasil de dezembro de 1974:
"Quantas vezes, na história de qualquer país do mundo, se conseguiu fundir em uma dúzia de peças musicais o regional no universal e o popular no erudito? A julgar pela trajetória da cultura ocidental (...) esses momentos (...) não foram muitos. Por isso mesmo, o aparecimento de um desses raros exemplos no Brasil (...) só pode ser saudado como milagre. O milagre, no caso, é representado pelas músicas do LP Quinteto Armorial -Do Romance ao Galope Nordestino (...). Ao som da viola sertaneja do compositor Antônio Madureira, da rabeca de Antônio Nóbrega, do violão de Edilson Eulálio, do pífano e flauta de Egildo Vieira e do marimbau de Fernando Torres, composições como "Revoada" e "Ponteio Acutilado" transportam numa ponte de quatro séculos a Renascença para o Nordeste, para repetir a experiência fantástica da fusão da plangente monodia do marimbau dos cegos com a polifonia do violão, esse descendente do alaúde, enquanto a viola soa cortante e metálica como um clavicórdio". (...) "A revelação musical do Quinteto Armorial vem mostrar que, das profundezas da criação popular, também se pode tirar uma cultura autenticamente nacional. Quem ouvir dirá se não estamos com a razão. Mas, pelo amor de Deus, não deixem de ouvir". [Jornal do Brasil, 10 de dezembro de 1974]
Participou
dos grupos LSD, Gapema (Grupo Artístico de Pesquisas Musicais de
Alagoas), Quinteto Armorial, Conjunto Pernambucano de Choro, Orquestra de Pau e
Corda, Som da Terra, Ororubá, entre outros.
Graduado
em música pela Universidade Federal de Pernambuco, lecionou em cursos de extensão.
Ministrou
palestras e oficinas de pífano por todo o Brasil e a partir de 2009, baseado em Piranhas, pretendeu tornar a cidade referência
nacional na confecção artesanal aliada à prática
musical desse instrumento, desejando com isso resgatar a cultura regional dos grupos de pífano e percussão, então menos preservados em
Alagoas do que já fora.
Quando integrou a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, idealizou o Conservatório Municipal Cacilda Damasceno Freitas (inaugurado em 18 de outubro de 2009) e criou o Bloco Cheiro de Saudade (2009-2012), o Grupo Musical Armorial de Piranhas (GMAP, 2010) e o Grupo
Chorões de Piranhas (2010), além de uma extensão
do grupo armorial para crianças chamado “Gmapinho” (2011).
Luthier
renomado confeccionava seus próprios instrumentos. Sua matéria
prima era composta por elementos retirados da natureza: taquaras,
cabaças, quenga de coco, entre outros. Seus pífanos,
frutos de anos de pesquisa, para os quais desenvolveu uma escala (tabela de
digitação básica) própria, eram vendidos em todo o território
nacional e também para o exterior –
Europa e Estados Unidos.
Em 17 de janeiro de 2014, foi homenageado pelo Governo do Estado de Alagoas que
lhe conferiu a comenda Cavaleiro da Ordem do Mérito dos Palmares.
Faleceu no dia 30 de julho de 2015 na cidade de Maceió. Velório e sepultamento ocorreram na tarde do dia 31 em sua cidade natal, no sertão de Alagoas.
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terça-feira, 7 de junho de 2016
Maestro Cafau (*1938+2009)
Cícero Francisco de Brito (Maestro Cafau) era natural de Pão de Açúcar. Subtenente reformado da Polícia Militar de Sergipe, foi uma figura legendária. Comandou a Filarmônica Mestre Elísio por 16 anos e meio até ser “compulsoriamente” afastado para tratar da saúde. Ficou maestro emérito.
Em fevereiro de 1991 Cafau viera tocar carnaval com Zé Broinha e Damião. Naquela oportunidade, foi convidado a “reforçar” a Banda na festa da Padroeira. Tocou sax-tenor. Sequer podia imaginar que dez meses depois viria definitivamente para Piranhas, então como maestro.
Músico militar, Cafau fora primeiro clarinetista da Banda da Polícia Militar de Sergipe durante 30 anos. Chegou a regê-la. E, por ser militar, também fora delegado em Porto da Folha/SE e ainda maestro da Banda dessa cidade. Embora ele mesmo se subestimasse, era um excelente músico.
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