sábado, 16 de setembro de 2017

Alagoas +200 Anos




Comemorando 200 anos de emancipação política, trazemos à memória alguns dos mais representativos músicos já nascidos nestas terras.

Após o hino estadual, composto em 1894 por Benedito Raimundo da Silva (Maceió, 1859-1921) com letra do poeta jornalista Luiz Mesquita (1861-1918), na bela interpretação de Eliezer Setton, veremos a seguir: Heckel Tavares (Satuba/AL, 1896 - Rio de Janeiro, 1969), Misael Domingues da Silva (Marechal Deodoro, 1857 - Recife/PE, 1932) e, republicando aqui vídeo do mês passado, Luiz Gonzaga da Silva (Piranhas/AL, 1919 - Niterói/RJ, 2006), natural da cidade de Piranhas, redescoberto por seus conterrâneos através da pesquisa do músico niteroiense Wagner Meirelles. 

Além deles, Otaviano Romero Monteiro, o Maestro Fon-Fon (Santa Luzia do Norte/AL, 1908 - Atenas, Grécia, 1951), compositor, maestro e instrumentista, e ainda Manoel Passinha (Pão de Açúcar, 1908 - Maceió, 1993), maestro, destacado compositor de dobrados, entre outros gêneros.

Por fim, bônus para o documentário Narrativas em Movimento, produzido no ano passado pela Núcleo Zero que, ao final, faz homenagem ao flautista e compositor alagoano Egildo Vieira (Piranhas, 1947 -  Maceió, 2015).

As circunstâncias da emancipação no dia 16 de setembro de 1817 podem ser verificadas em diversas fontes on-line, mas para um conhecimento mais autorizado que questiona a versão corrente de que o território de Alagoas foi desmembrado de Pernambuco como punição pela revolução de 1817, sugiro o seguinte:


"Sussuarana" (1928), primeiro grande sucesso de Heckel Tavares em parceria com o poeta, teatrólogo, 
letrista Luiz Peixoto, nas vozes de dois ícones da MPB: Maria Bethânia e Nana Caymmi.

Em 1978 (?) a pianista Sônia Maria Vieira gravou o LP "Sônia Maria Vieira Revela Misael Domingues"
{01 – Bésinha; 02 – Revelação (1:21); 03 – Gentil (07:09); 04 – Lágrimas de um anjo (9:43); 05 – Nilza (12:03);
 06 – Brazileira (15:07); 07 – Yolita (16:26); 08 – Doux Souveniirs (19:22); 09 – Polka dos Calouros (21:54); 
10 – Bellezas do Recife (24:06); 11 – Olha o urso (26:40);  12 – Saudade (28:30)}

Luiz Gonzaga da Silva interpretado por: Wagner Meirelles (Brasil-Espanha e Aprazível), Célio Silveira
(Choro “A” e Choro “B”), Marcos Llerena (Choramingo nº 14 e Um Falso Amor), Arthur Gouveia
(Capelinha e Gingando), Sérgio Knust (Candura e Lealdade), Francisco Frias (Choramingo nº 9 e Saudade),
Edgar de Oliveira (Ilda Cristina e Capricho n° 1) e Graça Alan (Colibri e Samba Sincopado).

Choro "Murmurando", de Maestro Fon-Fon, em interpretação do Choro da Manguaba

De Manoel Passinha: o dobrado "Melópeo", Lira Carlos Gomes (Estância/SE).


Bônus: Narrativas em Movimento (Piranhas, 2016)




F. Ventura, 16/09/2017


quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Benedito Raimundo da Silva (1859-1921)

Atualizado em 02 de abril de 2019.




Conhecido em seu tempo por Benedito Piston, Benedito Raimundo da Silva nasceu há exatos 158 anos, em 31/08/1859, na cidade de Maceió.

Músico virtuoso, foi maestro na banda da Sociedade Recreio Filarmônico Artístico e na rival Sociedade Recreio Filarmônico Minerva, entre outras, como: Euterpe Pilarense, Montepio dos Artistas, Tiro Alagoano, Escola de Aprendizes Marinheiros, Euterpe Miguelense, etc.

“Antes de 1895 já havia atingido consagração artística. Autor da música do Hino do Estado de Alagoas, além de vários outros e marchas, polcas, dobrados, mazurcas, maxixes e valsas. Autor das músicas das revistas teatrais Maceió na Rua e Maceió Moderna, de Rodrigues de Mello.” (ABC das Alagoas, 2005, vol. 2, p. 566)

Além do Hino de Alagoas (letra do poeta e jornalista Luiz Mesquita), em 1894, compôs também o Hino do IV centenário do descobrimento do Brasil (classificado em 2.º lugar em concurso realizado no Rio de Janeiro, em 1899) e o Hino do Centenário de Alagoas, em 1917.

Faleceu em Maceió, no dia 14 de maio de 1921.

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No acervo da Mestre Elísio temos do maestro Benedito Silva o Hino de Alagoasversão em Ab (lá bemol maior), datada de entre os anos 1947 e 1956, e a Marcha Fúnebre Nº 2 (cópia de 1963, classificada como marcha de procissão).


 Marcha Fúnebre Nº 2 (Benedito Silva)



Fontes:
BARROS, Francisco Reinaldo Amorim de. ABC das Alagoasdicionário biobliográfico, histórico e geográfico das Alagoas. Brasília: Senado Federal, 2005.




sábado, 19 de agosto de 2017

De Passinha e Anacleto

Nascido na cidade de Pão de Açúcar em outubro de 1908, Manoel Capitulino de Castro, vulgo Manoel Passinha, foi iniciado musicalmente pelo mestre Nozinho/Manoel Vitorino Filho (*1895+1960) que o admitiu criança como caixista na Banda da Sociedade Musical Guarany.

Aos 18 anos, ingressa na Banda de Música do 20.º BC, em Maceió, tocando clarinete. A partir daí, revela-se como multi-instrumentista, compositor, arranjador, regente, band leader, enfim, músico notável que faria história no Estado de Alagoas. 


Faleceu aos 84 anos de idade, em junho de 1993.

De maestro Passinha há no acervo da Filarmônica Mestre Elísio o pot-pourri (diz-se: “popurri”) Saudades de Maceió e o dobrado Lira da Saudade


Particularmente, conhecia mais da obra dele através do maestro Cafau que emprestara LP da Banda da Polícia Militar de Alagoas, gravado na década de 1970, com músicas e arranjos de Manoel Passinha. Não apenas dele, havia também um arranjo originalíssimo do também pão-de-açucarense Anacleto José de Souza, dos Ramos (família de ilustres músicos), feito para o sucesso de Wando à época: o samba-canção Moça.

Saudades de Maceió
ainda hoje integra nosso repertório. Aliás, é facilmente reconhecível, principalmente pelos conterrâneos residentes na capital, e sempre solicitada na principal festa da cidade, em fevereiro, também chamada pelos músicos de “nove noites”. A rigor, são 11 dias (1 tarde, 9 noites e manhã e tarde do 11.º dia). Sem contar as matinas eventuais, são 12 eventos consecutivos realizados entre a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro.

Moça
 é mais uma das várias partituras compartilhadas via Pão de Açúcar e integrou nosso repertório no tempo em que fazíamos a transição para um estilo eclético, com MPB e música regional. Até então o que nos definia era o fato de sermos uma banda exclusivamente de dobrados, hinos cívicos, religiosos e canções marciais. 


(Áudio ilustrativo produzido no programa Sibelius com o Noteperformer integrado)


sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O Dobrado


Dobrados — Pesquisa, restauração, arranjos e regência 

Régis Duprat e Rogério Duprat


Matéria original do site ::Acervo Origens, do Cacai Nunes, postada em 27/04/2011: 


O dobrado é um gênero musical interessantíssimo. Primeiramente, porque todo mundo acha que conhece, principalmente os músicos; mas, na realidade, o dobrado é pouquíssimo conhecido, fato constatado pelas escassas referências bibliográficas sobre o gênero. O que todos sabem é que dobrados são músicas tocadas por bandas militares. Os dobrados, portanto, têm algo a ver com a atividade militar, mesmo que isso pareça uma afirmação meio sem nexo. Mas, voltando no tempo, acharemos a lógica disso.
Desde sua origem, as tropas militares marcham, a pé ou a cavalo. Dependendo da ocasião ou da situação tática, a cadência da marcha varia; a marcação dessa cadência sempre foi feita por bombos e tambores, acompanhados por pífanos, flautins, trombetas e outros instrumentos. Ao longo do tempo, o termo marcha passou a designar, além do deslocar-se a pé ou montado, a música produzida pelo grupo que marcava a cadência.
As cadências variam conforme as situações táticas; há basicamente três cadências para os deslocamentos da infantaria: o passo de estrada, que é uma marcha lenta e pesada, utilizada em percursos longos; o passo de parada ou passo dobrado, marcha bem mais rápida, com andamento próximo ao dobro do anterior, utilizada em desfiles, continências e paradas militares; e o passo acelerado, marcha de ataque para a tomada de pontos do terreno.
As três cadências, nas tropas de cavalaria, correspondem ao passo, ao trote e ao galope. A marcação do tempo, no metrônomo, para as cadências, seria a seguinte: 68 a 76 bpm, para o passo de estrada; 112 a 124 bpm para o passo dobrado; e 160 bpm, para o passo acelerado ou galope. Com o tempo, o termo "passo dobrado", que designava o andamento das marchas rápidas, passou a designar todas as marchas das paradas, continências e desfiles.
O passo dobrado é, musical e literalmente, o passo doppio dos italianos, o paso doble dos espanhóis, o pas-redoublé dos franceses ou simplesmente a march de ingleses e alemães.
Em todos os países, as marchas militares foram incorporando características nacionais. Por exemplo, as marchas inglesas são mais rápidas do que as latinas, que são também mais rápidas do que as norte-americanas. No Brasil, sendo as marchas executadas em todo o território nacional, elas ficaram expostas às influências de vários outros gêneros brasileiros. Lentamente, então, foi se consolidando uma marcha brasileira, que recebeu a denominação genérica de dobrado.
O dobrado brasileiro foi adquirindo características próprias, que o afastaram do passo dobrado e de outras marchas europeias; desse modo, o dobrado foi se tornando a marcha brasileira.
No final do século XIX, o dobrado já possuía características melódicas, harmônicas, formais e contrapontísticas que o distinguiam de outros gêneros musicais, permitindo assim a sua inclusão no rol dos gêneros musicais genuinamente brasileiros. Os dobrados, no Brasil, são tocados não somente por bandas militares, mas por bandas de coretos com várias formações instrumentais. Essas bandas são, historicamente, uma das principais escolas de instrumentistas brasileiros, principalmente de sopro.
O disco da postagem de hoje, produzido no final da década de 1970, resultou de pesquisa realizada por Régis e Rogério Duprat, dois dos mais renomados musicólogos do Brasil; embora tenha o selo da Copacabana, o disco foi produzido por Marcus Pereira (que mais uma vez estava à frente de um trabalho realmente importante para a música brasileira).
O disco tem dobrados brasileiros típicos. Reparem que as primeiras músicas têm andamento mais acelerado. Sobre isso, o próprio Régis Duprat explica na contracapa: “o ritmo, então, torna-se mais cômodo, mais lânguido; fixa-se o seu andamento por volta de 110 passos por minuto. Poderíamos explicá-lo por seus conluios com a languidez do lundu, do tanguinho, do maxixe, e pela tropicalização generalizada que os gêneros ganharam nestes Brasis.”


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Luiz Gonzaga da Silva [Piranhas/AL, 1919; Niterói/RJ, 2006]



Luiz Gonzaga da Silva
Radicado no Rio de Janeiro, a partir do ano de 1945, Luiz Gonzaga da Silva (*1919+2006) foi violonista, compositor, luthier e professor, com passagem pelo Conservatório de Niterói e várias outras instituições, membro da Associação Brasileira de Violões (ABV), diretor musical da Sociedade Artística e Musical do Brasil (S.A.M.B.) e membro do Conselho Regional da Ordem dos Músicos do Brasil — aliás, foi um dos primeiros professores de violão licenciados por essa instituição.

Nascido em Piranhas, Alagoas, há exatamente (09 de agosto) 98 anos, mudou-se ainda criança com os pais para a cidade de Delmiro Gouveia, onde iniciou seus estudos musicais aos 9 anos de idade. Aos 12, já tocava, além de violão, tuba e bombardino na banda de música da Companhia Agro Fabril Mercantil, do maestro João Ribeiro.

Atua musicalmente nesta região do alto sertão alagoano, além de cidades circunvizinhas na Bahia e Pernambuco até os 25 anos quando, acometido de doença “intratável” para a medicina local, vai em busca de melhoras em Aracaju e de lá para o Rio de Janeiro, onde encontrou a cura, estudos aprofundados na arte do violão, trabalho e reconhecimento por parte da comunidade violonística fluminense.


Banda de Música da Cia. Agro-Fabril Mercantil, Delmiro Gouveia/AL.

No ano de 1998, o músico Wagner Meirelles gravou pela primeira vez músicas do Luiz Gonzaga alagoano e a partir daí desenvolveu todo um trabalho de divulgação da história e obras do compositor, inclusive transformando essa pesquisa em sua tese de mestrado (2009), orientada por Turíbio Santos.

Em 2000, produziu o CD Fazendo Música, pelo selo Niterói, com 16 peças de Luiz Gonzaga da Silva, interpretadas por Célio Silveira (Choro “A” e Choro “B”), Marcos Llerena (Choramingo nº 14 e Um Falso Amor), Arthur Gouveia (Capelinha e Gingando), Sérgio Knust (Candura e Lealdade), Francisco Frias (Choramingo nº 9 e Saudade), Edgar de Oliveira (Ilda Cristina e Capricho n° 1) e Graça Alan (Colibri e Samba Sincopado). Além de produzir, Wagner ainda toca as duas primeiras faixas: Brasil-Espanha e Aprazível.




Em 2008,  a editora da Universidade Federal Fluminense (EDUFF) publicou o álbum Luiz Gonzaga da Silva — 20 peças para violão solo. O editor assim define a obra e o artista:


"Esta edição oferece 20 peças selecionadas de um acervo de mais de 500 obras, contribuindo para a difusão de um dos criadores e instrumentistas mais representativos da história musical brasileira contemporânea. Alagoano, Luiz Gonzaga escolheu o Grande Rio como foco do desenvolvimento de uma trajetória, iniciada na infância e adolescência no coração do interior do Nordeste, que exerceu fortes influências sociológicas e antropológicas, enriquecendo seu trabalho como compositor, professor e artesão".


Não obstante sua origem piranhense, identifico Luiz Gonzaga da Silva mais com a cultura musical de bandas da cidade de Delmiro Gouveia por ter ele “nascido para a música” em terras delmirenses através do maestro João Ribeiro, da banda de música da Companhia Agro-Fabril Mercantil, quando ainda muito jovem foi com a família lá residir.

Interessante notar que nas passagens em que o pesquisador Wagner Meirelles cita entrevista (p. 20) concedida, por exemplo, à AABB de Niterói, em 1994, Luiz Gonzaga da Silva refere-se à cidade natal como “antiga cidade de Piranhas, ‘hoje’ [1994] Floriano Peixoto”. Isto realmente ocorreu em 17 de outubro de 1939, através do decreto-lei federal nº 1686 que mudava o nome da cidade para Floriano Peixoto. Em 17 de setembro de 1949 pela lei nº 1473, portanto, cerca de 4 anos depois de Luiz Gonzaga da Silva trocar a cidade de Delmiro Gouveia pelo Rio de Janeiro, Floriano Peixoto voltou à antiga denominação: Piranhas. E assim permanece.

Concluindo, retransmito as palavras abalizadas de Fábio Zanon, outro grande violonista brasileiro, transcritas no livro do Wagner Meirelles Gonzaga e o Violão — Do cangaço à universidade:

"Personagens dos mais fascinantes que produziram música, enriqueceram o ambiente violonístico e alimentaram o anedotário da música carioca vieram do Nordeste; o fato não é de se estranhar, já que, na primeira metade do século XX, o Rio oferecia um mercado incomparável, não só no rádio e na noite, mas também na instrução musical e na formação de músicos. Assim, muito do sotaque inconfundível do samba, do choro e do violão-solo carioca foi mimetizado com a bagagem criativa trazida por migrantes nordestinos, como os cearenses Satyro Bilhar e José Menezes, os pernambucanos Quincas Laranjeiras e João Pernambuco, os maranhenses Turíbio Santos e João Pedro Borges, os baianos Nicanor Teixeira e Décio Arapiraca e o alagoano Luiz Gonzaga da Silva".


Por F. Ventura, agosto de 2017



quarta-feira, 26 de julho de 2017

Associação dos Músicos de Piranhas-Alagoas


Edital de convocação para Assembleia de Fundação


A comissão provisória constituída para viabilizar a fundação da ASSOCIAÇÃO DOS MÚSICOS DE PIRANHAS-ALAGOAS (AMPA) convida músicos e demais pessoas interessadas a comparecerem no dia 02 de agosto de 2017, às 17 horas, no Auditório Miguel Arcanjo de Medeiros, localizado na Esplanada do Recinto, Centro Histórico, na cidade de Piranhas, Estado de Alagoas, para participarem da ASSEMBLEIA GERAL DE FUNDAÇÃO da AMPA, ocasião em que será lido, discutido e aprovado o Estatuto Social, eleitos e empossados os membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal, além de debater outros assuntos de interesse dos músicos.


Piranhas (AL), 26 de julho de 2017


Farney Gomes dos Santos
Representante da comissão provisória




sábado, 22 de julho de 2017

My Way - Arranjo de Edson Rodrigues

Atualizado em 15 de agosto de 2023, 11h23.

(Áudio ilustrativo produzido no programa Sibelius com o Noteperformer integrado)


"My Way" é a versão em língua inglesa da canção francesa "Comme d'habitude", que foi lançada pela primeira vez pelo autor, Claude François, em 1967, na França. Em 1968, Frank Sinatra lançou sua versão em inglês, adaptada por Paul Anka e que virou um de seus maiores clássicos. É uma das músicas populares mais gravadas da história.

A versão de estúdio de Elvis Presley foi gravada em junho de 1971 e lançada só em 1995 no disco Walk A Mile In My Shoes. Existem as versões ao vivo do show do Havaí que foi lançada no disco ao vivo em 1973 denominado Aloha from Hawaii e outra lançada em 1977 em um compacto simples com "America The Beautiful" no lado B, não se esquecendo da versão do disco Elvis in Concert, uma versão ao vivo de 1977.

Em 16 de julho de 1994, no show realizado no Dodge Stadium de Los Angeles, Os Três Tenores Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras gravam "My Way", estando Frank Sinatra na plateia. No filme do grupo de punk rock inglês Sex Pistols, The Great Rock 'n' Roll Swindle, de 1980, o baixista da banda, Sid Vicious, canta uma versão da música.

Em 14 de setembro de 2012 foi lançado o filme de origem francesa intitulado My Way, o Mito Além da Música, dirigido por Florent Emilio Siri, que conta a vida de Claude François, coautor da versão original composta em 1967.

Artigo publicado originalmente em: MY WAY (CANÇÃO DE FRANK SINATRA). In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2021. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=My_Way_(can%C3%A7%C3%A3o_de_Frank_Sinatra)&oldid=61664264>. Acesso em: 20 jul. 2021.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Oficina FEBAMFAL


Oficina Instrumental para Músicos de Banda 2017 

Delmiro Gouveia 



No último final de semana, dias 26 e 27 de maio, a Federação de Bandas de Música e Fanfarras de Alagoas (FEBAMFAL) – em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (SECULT-AL) e Governo Municipal de Delmiro Gouveia – realizou na UFAL Campus Sertão a “Oficina Instrumental para Músicos de Banda”. O evento, extensivo à comunidade musical das cidades circunvizinhas (Água Branca, Olho d’Água do Casado, Piranhas, etc.), teve carga horária de 12h.
Objetivando alcançar cerca de 90 músicos sertanejos, componentes de banda com idade entre 08 e 40 anos que, por estarem longe dos grandes centros de irradiação do saber e excelência em prática musical, carecem de conhecimento técnico específico, a FEBAMFAL oferece cursos para cada especialidade relativa a formação instrumental das bandas de música, estabelecendo a padronização do conhecimento técnico-teórico para os seguintes instrumentos: clarineta, saxofone, trompete, trompa, trombone, bombardino, tuba e percussão.
Com a coordenação do maestro Luiz Carlos Sandes Paranhos e auxiliar Dário Santos (da Filarmônica Tenente Nicácio), a equipe de professores foi composta por alguns dos mais representativos músicos atuantes no estado:

Almir Medeiros (saxofone avançado), 
Edvaldo Gomes “Uruba” (saxofone básico), 
Flávio Ferreira (clarineta), 
Jorge Luiz da Hora (trompete), 
Ronald Ferreira (trombone), 
Melquisedeque F. da Silva (bombardino e tuba) e 
Alfons Kubina (percussão).

Iniciado às 14h de sexta-feira (26), o evento estava programado para ser encerrado às 18h de sábado com um desfile no centro da cidade, mas foi impossibilitado pelas condições climáticas pouco favoráveis.
A importância deste evento para a comunidade musical sertaneja é fundamental para a conscientização de que o fazer musical demanda mais do que simplesmente “tocar notas”, mas produzir sonoridades com adequado conhecimento técnico que desenvolva instrumentistas de nível para além do minimamente satisfatório e a consequente viabilização de um grupo musical de boa qualidade.
Despertar o interesse dos iniciados em música para a necessidade de estabelecer uma rotina diária de estudos e busca constante de informações, técnicas e métodos adequados que promovam o crescimento das filarmônicas, deve ser afinal a meta de ações desse porte promovidas pela FEBAMFAL e parceiros.
Agradecemos, na pessoa do maestro Luiz Carlos Sandes Paranhos, aos organizadores e professores pela oportunidade de participar de tão necessário, proveitoso e prestigioso evento.














domingo, 2 de abril de 2017

Nota de pesar



É com profundo pesar que a Filarmônica Mestre Elísio recebe a notícia do falecimento de seu componente Fidel Castro de Souza Silva, ocorrido na tarde de hoje (02/04/17).

A perda do colega Fidel, além de representar uma dor imensa aos familiares e amigos, é golpe sentido também por todos nós integrantes da Filarmônica Mestre Elísio, na qual esse jovem de 24 anos foi clarinetista por mais de 7 anos.

À família enlutada, apresentamos nossos sentimentos de solidariedade e respeito pela imensa dor que representa essa perda irreparável.

Descanse em paz, Fidel Souza...





terça-feira, 31 de janeiro de 2017

II Encontro de Bandas do Alto Sertão - Galeria


Mais uma vez tivemos a sempre grata satisfação de participar desse momento único de realização musical e confraternização entre as filarmônicas do alto sertão alagoano. Agradecemos ao público que nos prestigiou e a todos que participaram e contribuíram para que mais esse evento tenha se concretizado, em especial aos maestros Willamy Franciel (Filarmônica Mestre Elísio, Piranhas/AL), Valério Amaral (Filarmônica Santa Cecília, Água Branca/AL) e Ednaldo Bacalhau (Filarmônica Tenente José Nicácio de Souza, Delmiro Gouveia/AL) mais o diretor do conservatório Laércio Ferreira e ainda ao representante da FEBAMFAL Carlos Fidélis (responsável pelas imagens e vídeos aqui exibidos). Obrigado a todos!






















domingo, 22 de janeiro de 2017

II Encontro de Bandas do Alto Sertão



No dia 28 de janeiro as bandas das cidades de Delmiro Gouveia (Filarmônica Tenente Nicácio) e Água Branca (Filarmônica Santa Cecília) se apresentarão em Piranhas por ocasião das comemorações alusivas à padroeira da cidade. A filarmônica anfitriã (F. Mestre Elísio) também estará na programação que ocorrerá a partir das 21h30min, após a novena, na Esplanada do Recinto — Centro Histórico.
No repertório, além das peças tradicionais, teremos MPB e música regional.
Esse evento confraternizante realizado pelas três bandas do sertão alagoano teve sua primeira realização na cidade de Delmiro Gouveia, em outubro de 2015. Idealizado pelo maestro Bacalhau, terá segunda edição este ano na cidade de Piranhas.

Abaixo, breve histórico das bandas:


Filarmônica Santa Cecília (1922)



Maestro: Valério Amaral
Composição: 32 músicos

Hoje com 94 anos de existência, a Filarmônica Santa Cecília foi fundada em 22 de novembro de 1922 na cidade de Água Branca. Seus maestros fundadores foram: José Emiliano Vieira Sandes, Manoel Dias e Alexandre Torres. Posteriormente, atuaram os maestros José Caixeiro, Miguel Baião, José Marques Correia (o Zé Gonzaga), José Francisco Silva (mestre Zequinha), Expedito Aguiar e Walmir Fonseca de Souza. Atualmente composta por 32 músicos, tem como maestro o senhor Valério Amaral.


Filarmônica Mestre Elísio (1989)



Maestro: Willamy Franciel
Composição: 37 músicos

Em fevereiro de 1989 foi criada a Escola de Música Mestre Elísio. Seu nome é uma homenagem ao maestro pernambucano Elísio José de Souza (*1911+1978) que teve atuação marcante na cidade de Piranhas entre os anos de 1950 e 1960.

Mestre Bubu (Afrânio Menezes Silva), pão-de-açucarense discípulo do grande mestre Nozinho (Manoel Vitorino Filho — *1895+1960) foi o encarregado de capacitar os alunos e reunir veteranos solidários para estrear a banda no dia 7 de setembro de 1989. Com o falecimento de Bubu, em dezembro de 1991, mais um ex-aluno do grande mestre sertanejo assumiu a banda piranhense: o subtenente reformado da polícia militar de Sergipe Cícero Francisco de Brito (maestro Cafau — *1938+2009). Entre os anos de 1997 e 1998, a Banda de Música Mestre Elísio foi comandada por outro músico pão-de-açucarense: mestre Damião Ferreira Lima. Após mais um período com o maestro Cafau, em 2009 a banda passa a se chamar Filarmônica Mestre Elísio e é dirigida pelo maestro Cícero Campos (*1974), filho de Cafau. Desde dezembro de 2013 é regida pelo maestro Willamy Franciel "Leléo" (*1988), prata da casa, alçado das fileiras.


Filarmônica Tenente José Nicácio de Souza (2012)



Maestro: Ednaldo Alves do Nascimento (Bacalhau)
Composição: 35 músicos

Os trabalhos de banda de música em Delmiro Gouveia tiveram início com o pioneiro Delmiro Augusto da Cruz Gouveia no ano de 1915, onde ele criou a banda de música da Cia. Agro Fabril Mercantil. Nesse período, a banda teve como maestros: João Ribeiro, mestre Elísio de Souza, Expedito e o tenente José Nicácio de Souza (ex-regente da polícia militar de Alagoas) que desenvolveu um excelente trabalho em Delmiro Gouveia – tanto que a banda de música hoje leva o seu nome. Infelizmente, passou um tempo desativada e voltou a atuar em meados dos anos 2000 sob a regência do eterno e saudoso Walmir Fonseca de Souza que teve como sucessor Ednaldo Alves do Nascimento (maestro Bacalhau); este começou sua gestão em 17 de setembro de 2012 até os dias atuais.



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